Índice de eleitores do ex-governador que admitem mudar de posição até o dia 5 é de 22%, contra 18% de Kassab e 17% de Marta

Datafolha aponta que, entre os 3 principais candidatos, eleitores vêem o tucano como o mais propenso a deixar a prefeitura em 2010

RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

A diferença aberta pelo adversário Gilberto Kassab (DEM) não é hoje o único problema para o candidato tucano Geraldo Alckmin.
O Datafolha mostra que, entre os principais candidatos, ele reúne o maior índice de eleitores que podem mudar o voto, além de ser apontado como o que tem menos vontade de ser prefeito e o que seria o mais propenso a, eleito, abandonar a prefeitura em 2010 para disputar outro cargo.
De acordo com a pesquisa, 22% dos eleitores que manifestam hoje intenção de votar no tucano admitem que podem mudar de posição até o dia 5. Desse total, quase a metade (10 pontos percentuais) diz que, em caso de mudança, optaria por Kassab.
Entre os eleitores do democrata e de Marta Suplicy (PT), o índice dos potencialmente "infiéis" é parecido entre os dois -18% dos que dizem votar em Kassab admitem mudar o voto (10 pontos percentuais dizem poder optar por Alckmin) contra 17% dos de Marta.
Diante da pergunta formulada pelo instituto sobre quem entre os candidatos o entrevistado considera como aquele que tem mais vontade de ser prefeito, Kassab (25%) e Marta (23%) são os mais citados. Já Alckmin é apontado por apenas 13% dos entrevistados.
Kassab é o atual prefeito. Marta administrou São Paulo entre 2001 e 2004. Alckmin governou o Estado de 2001 a 2006. "Talvez por já ter sido governador o eleitor identifique menos vontade em Alckmin, já que a prefeitura seria um cargo "menor'", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
O instituto também consultou os eleitores sobre quem eles acham que tem mais chance de, caso eleito, abandonar a prefeitura em 2010 para disputar outro cargo.
O tucano é, disparado, o mais mencionado, com 41%. Marta é citada por 21% dos entrevistados; Kassab, por 12%. "Pesa aqui a avaliação da ambição. Como Alckmin disputou a Presidência em 2006, é visto por alguns como o que mais provavelmente disputaria um outro cargo", diz Paulino.


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