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Para Marina, crítica a Dilma não é preconceito contra mulheres
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
A senadora Marina Silva,
pré-candidata do PV à Presidência, refutou a afirmação da
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil) de que as críticas que sofre por viajar pelo país para
inaugurar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) revelam preconceito da
oposição contra as mulheres.
Marina Silva, que está desde
ontem em Washington para
uma série de eventos sobre
meio ambiente, não aceita a tese da ex-companheira de partido. "No meu entendimento,
não tem nada a ver com preconceito contra ser mulher,
tem a ver com o uso correto dos
recursos públicos e da gestão
pública, para não direcionar
para essa ou aquela candidatura", disse ela em encontro com
jornalistas brasileiros.
Para a senadora, as viagens
de Dilma caracterizam campanha. "Não se deve extrapolar as
coisas", disse. "Há um incômodo muito grande na sociedade
de que o legítimo direito que o
Executivo tem de acompanhar
obras possa estar ganhando
qualificação de campanha."
Marina afirmou que a recente viagem da ministra com o
presidente Lula à região do vale
do São Francisco, numa caravana, pode ser caracterizada
como campanha. "Os atos falhos têm falado mais do que o
que a gente pode dizer."
Tais viagens levaram a oposição a entrar com ação na Justiça Eleitoral contra Dilma e Lula, alegando que há antecipação
da campanha. Anteontem, Dilma disse que a crítica revela o
preconceito da oposição contra
as mulheres. "Eu posso ir para a
cozinha, cozinhar os projetos
por quatro anos. Agora, na hora
de servir, não posso nem ver?",
questionou a ministra.
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