São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2008

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Movimentos sociais lançam Dilma em ato no Planalto

Ministra reage com sorrisos a declarações de apoio

Alan Marques/Folha Imagem
Dilma durante encontro com movimentos sociais em Brasília

EDUARDO SCOLESE
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diante de um salão do Palácio do Planalto superlotado, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) foi ontem saudada duas vezes por integrantes de movimentos sociais como candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma, petista e preferida de Lula para a corrida eleitoral de 2010, reagiu com sorrisos às saudações seguidas por aplausos e gritos de seu nome.
As duas saudações à candidatura da ministra ocorreram por meio do microfone do principal salão de eventos do Planalto, ontem tomado por cerca de 500 pessoas, a maioria representantes de movimentos sociais, entidades estudantis e centrais sindicais.
Explícita, a primeira declaração eleitoral veio de uma integrante do movimento negro. Cleide Ilda de Lima, 46, filiada ao PT de Belo Horizonte, falou em nome do Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras). "Acreditamos que esse governo tem cumprido o que veio realizar. Nós acreditamos que ele precisa dar conta de sair de 2010 elegendo a nossa sucessora, a nossa candidata Dilma Rousseff a presidente", disse Cleide, para aplausos.
"Queremos elegê-la para dar continuidade aos programas que o Lula construiu nesses oito anos", completou, já sob os gritos de "Dilma, Dilma, Dilma". "Desculpe, mas já estamos em campanha", finalizou Cleide. Ao lado dos colegas Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Guido Mantega (Fazenda), a ministra da Casa Civil sorriu diante da cena.

Segunda saudação
A segunda saudação eleitoral veio logo a seguir. Também partiu de um petista de Minas Gerais, onde nasceu a ministra. Ao saudar os presentes, Saulo Manoel da Silveira, da Central dos Movimentos Populares, referiu-se à Dilma como "nossa futura presidente". Mais uma vez vieram aplausos e gritos.
Após o evento, numa rápida e tumultuada entrevista entre o salão de eventos e o elevador, Dilma disse que esse tipo de manifestação no Planalto "às vezes ocorre", mas "não é protocolar". "Agora a gente não controla", afirmou.
O evento, que não contou com a presença de Lula por conta de sua visita de última hora a Santa Catarina, durou pouco mais de quatro horas.


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