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Movimentos sociais lançam Dilma em ato no Planalto
Ministra reage com sorrisos a declarações de apoio
Alan Marques/Folha Imagem
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Dilma durante encontro com movimentos sociais em Brasília
EDUARDO SCOLESE
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante de um salão do Palácio do Planalto superlotado, a
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil) foi ontem saudada duas
vezes por integrantes de movimentos sociais como candidata
à sucessão do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Dilma, petista e preferida de
Lula para a corrida eleitoral de
2010, reagiu com sorrisos às
saudações seguidas por aplausos e gritos de seu nome.
As duas saudações à candidatura da ministra ocorreram por
meio do microfone do principal
salão de eventos do Planalto,
ontem tomado por cerca de
500 pessoas, a maioria representantes de movimentos sociais, entidades estudantis e
centrais sindicais.
Explícita, a primeira declaração eleitoral veio de uma integrante do movimento negro.
Cleide Ilda de Lima, 46, filiada
ao PT de Belo Horizonte, falou
em nome do Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras). "Acreditamos que esse
governo tem cumprido o que
veio realizar. Nós acreditamos
que ele precisa dar conta de sair
de 2010 elegendo a nossa sucessora, a nossa candidata Dilma Rousseff a presidente", disse Cleide, para aplausos.
"Queremos elegê-la para dar
continuidade aos programas
que o Lula construiu nesses oito anos", completou, já sob os
gritos de "Dilma, Dilma, Dilma". "Desculpe, mas já estamos
em campanha", finalizou Cleide. Ao lado dos colegas Luiz
Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Guido Mantega (Fazenda), a ministra da Casa Civil
sorriu diante da cena.
Segunda saudação
A segunda saudação eleitoral
veio logo a seguir. Também
partiu de um petista de Minas
Gerais, onde nasceu a ministra.
Ao saudar os presentes, Saulo
Manoel da Silveira, da Central
dos Movimentos Populares, referiu-se à Dilma como "nossa
futura presidente". Mais uma
vez vieram aplausos e gritos.
Após o evento, numa rápida e
tumultuada entrevista entre o
salão de eventos e o elevador,
Dilma disse que esse tipo de
manifestação no Planalto "às
vezes ocorre", mas "não é protocolar". "Agora a gente não
controla", afirmou.
O evento, que não contou
com a presença de Lula por
conta de sua visita de última
hora a Santa Catarina, durou
pouco mais de quatro horas.
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