São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

O declínio do império

nytimes.com
"Quem encolheu a superpotência?"


George W. Bush faz hoje o discurso sobre "o estado da união" com "agenda modesta", notou o "Wall Street Journal".
Já a capa da revista do "New York Times" destacou o ensaio "Dando adeus à hegemonia", seu título interno. Diz que "a distribuição de poder no globo mudou fundamentalmente nos dois mandatos de Bush". Não é culpa (só) dele, mas agora o mundo tem "Três Grandes": EUA, Europa e China. Índia, Rússia, Brasil, África do Sul são "Segundo Mundo". "Complementar" à China, o Brasil é "o líder natural" da América Latina.

OBAMA VS. BILLARY
Nas manchetes on-line de EUA e Europa, a nova vitória de Barack Obama. "Provou que agüenta o que os Clinton jogaram nele", deu o "NYT". Venceu "Billary" Clinton, no dizer do colunista Frank Rich.
Para o "WSJ", Bill foi "longe demais", por exemplo, ao falar que a mulher poderia perder por opções feitas "por raça".

OBAMA E O MUNDO
Doze correspondentes do "NYT" levantaram como "a corrida capturou os olhos do mundo". Começou "talvez" na vitória de Obama em Iowa. É ele a causa, por exemplo, do "crescente interesse do voto americano no Brasil, onde muitos têm raízes africanas".
Para Jorge Castañeda, ele "mudaria imagem" dos EUA.

BRASIL SALVA

Sob o título "Brasil oferece salvação da crise", ilustrado pelo Cristo Redentor, o "Financial Times" deu no sábado o país como saída para os investidores globais. "Inflação baixa, política estável, empresas interessantes", destacou, apontando o Brasil como "relativamente imune" aos EUA.

FIDEL E O LIVRE COMÉRCIO

Na terceira parte da interminável "reflexão" intitulada "Lula", Fidel Castro fez sábado no "Juventud Rebelde" uma inusitada defesa do álcool -e do livre comércio. "Por que não deixam o etanol entrar livremente nos EUA?", perguntou, atacando os "subsídios brutais" americanos, que todo ano "arrebatam" bilhões de dólares do Brasil.
Kennedy Alencar postou na Folha Online que para Lula "Fidel já faz rápida transição" para "abertura econômica".

DOHA POR ETANOL

BBC, Reuters com cobertura contínua e até blog, AP: os enunciados finais de Davos no final da semana foram para a "promessa" de EUA, União Européia, Brasil e Índia, de novo esforço pela Rodada Doha, até a Páscoa. O chanceler Celso Amorim também foi otimista. Mas avisou que um acordo comercial, para sair, "requer etanol sem tarifas".

BIO OU NÃO BIO
guardian.co.uk
O inglês "Guardian" culpou o etanol de cana pelo recente desmatamento da Amazônia, falando em "mentira" do governo Lula, e voltou no final de semana à pressão para que a União Européia não implemente norma que exige a adoção do biocombustível

"OPORTUNIDADE"
As agências e sites do setor dão que os produtores de cana daqui festejam a confirmação européia das tais normas para consumo mínimo de etanol, uma "oportunidade de ouro".
E os mesmos produtores atacam a Bloomberg, por uma forte reportagem sobre os maus-tratos aos bóias-frias.

O PETRÓLEO SOBE
Em Davos, o presidente da Petrobras fez a previsão, na BBC, de que a crise nos EUA não baixa o preço do petróleo.
E o "WSJ" deu que, apesar de Bush ter pedido à Arábia Saudita maior produção, a reunião da Opep, sexta, deve manter tudo como está agora. Alguns falam até em cortar.

MENOS
nytimes.com
Do Global Voices Online ao caderno de turismo do "NYT", o Carnaval deste ano busca "palcos menores", além do Rio, de São Luiz do Paraitinga (esq.) a Morro de São Paulo


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