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CONGRESSO
PSDB e PFL acusam governo de "paralisia"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição ao governo no Congresso continua subindo o tom
nas críticas e vem classificando
como "paralisia" o fato de o Planalto não ter definido prazo para
o envio à Câmara e ao Senado das
propostas de reforma previdenciária e tributária.
PFL e PSDB lideram o ataque,
que vem acrescido de declarações
de que a reforma da Previdência
só não teria saído até hoje por
causa da obstrução que o PT fazia
quando era oposição. "O Brasil
exige ações, exige comprometimento e seriedade do Executivo
para com os interesses do povo
brasileiro. Mas o que o PT ofereceu até agora foi apenas paralisia", diz nota distribuída anteontem pelo PSDB no Congresso.
O deputado José Carlos Aleluia
(BA), líder do PFL na Câmara, diz
que a oposição espera "apenas
que o Executivo faça seu papel"
que, segundo ele, é apresentar as
propostas de reforma para que o
Legislativo trabalhe a partir delas.
O partido preside duas -tributária e previdenciária- das quatro comissões especiais criadas
esta semana na Câmara para debater as reformas. Nas duas, o relator é do PT. "Só podemos começar a trabalhar depois de saber o
que o governo quer", diz Aleluia.
O PL-9, projeto de lei que coloca
sob o mesmo teto salarial aposentados da iniciativa privada e servidores públicos que ingressarem
no serviço depois da aprovação
do texto, ainda não tem definição
sobre quando vai ao plenário.
A oposição quer debatê-lo, mas
o governo encontra resistências,
principalmente por parte dos sindicatos, para colocá-lo em votação. O projeto, idealizado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, está parado na Câmara esperando votação de destaques.
(RANIER BRAGON)
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