São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

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No Rio, Rigotto e Garotinho dizem não acreditar em terceiro candidato

FERNANDO MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Pré-candidatos à Presidência da República pelo PMDB, o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ex-governador do Estado do Rio Anthony Garotinho afirmaram, ontem, não acreditar na possibilidade de um terceiro candidato nas prévias do partido marcadas para o próximo dia 19.
"Legalmente, é até possível, porque as inscrições vão até o dia 10 [de março], mas ninguém vai ter tempo para percorrer o país em campanha", disse Garotinho, logo após o café da manhã que ofereceu a Rigotto no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do Estado, em Laranjeiras (zona sul do Rio de Janeiro).
No domingo de Carnaval, houve um desencontro entre os dois no Sambódromo carioca. Quando Rigotto chegou ao camarote onde estava Garotinho, ele já havia ido embora. O convite para o café da manhã foi combinado por meio de um contato por telefone.
Ao comentar sobre uma possível manobra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ter em sua chapa um candidato a vice do PMDB, com o apoio de caciques peemedebistas ligados ao governo, tanto Rigotto quanto Garotinho disseram que haveria uma forte reação do partido. "Teria uma repulsa muito grande da base partidária", afirmou Rigotto.
"Não acredito que a tentativa de golpe, de boicote de um pequeno grupo dentro do partido, tenha frutos concretos", acrescentou o ex-governador do Rio.
Os adversários na eleição interna também concordaram que haverá uma reação interna no partido caso a cúpula do PMDB entre com algum tipo de recurso jurídico contra as prévias.
Os pré-candidatos disseram ainda que o café não foi apenas um encontro de cortesia. Eles repetiram que firmaram um pacto.
"Quem perder as prévias se comprometerá com a candidatura do vencedor no dia seguinte. Quanto a isto não tem dúvida", disse Rigotto, que está licenciado do cargo de governador até o dia 20 de março para se dedicar à pré-candidatura.
Já Anthony Garotinho deixou a Secretaria de Governo e Coordenação do Estado em janeiro. Antes disso, já vinha percorrendo o país pedindo votos aos cerca de 20 mil convencionais peemedebistas. A menos de um mês da eleição interna, Garotinho vai priorizar os contatos com as lideranças partidárias. Já Rigotto, deverá viajar pelos Estados.


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