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Irmão de Requião processa colunista e jornal
Superintendente do porto de Paranaguá, Eduardo Requião pede indenização que pode chegar a R$ 1 bi
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O superintendente do porto
de Paranaguá, Eduardo Requião, entrou com ação na Justiça para pedir indenização
contra o jornal "Gazeta do Povo", de Curitiba, e o colunista
do diário Celso Nascimento.
A ação, que o jornal informou
poder chegar a R$ 1 bilhão, reclama reparos a supostos danos
causados à imagem do porto e
de Eduardo, irmão do governador Roberto Requião (PMDB).
A superintendência do porto
diz que pede R$ 10 milhões de
pagamento por custas judiciais,
além de indenização de R$ 10
mil por exemplar que circulou
quando foi publicada nota que
deu origem à ação. O texto é de
30 de dezembro, quando o jornal informa ter tiragem de cerca de 100 mil exemplares.
Foi noticiado na coluna de
Nascimento, com base em documentos da Marinha, que a
navegação de navios de grande
porte pelo canal de acesso ao
porto teve que ser restringida.
O colunista atribuiu a limitação
ao assoreamento do canal, causado pela falta de dragagem do
lodo por parte do terminal. Ele
disse que questionou quem seria o responsável pelos "prejuízos que tais medidas trariam à
economia paranaense".
"[Eduardo Requião] quer intimidar a mim e ao jornal. Esse
comportamento truculento para ofender as pessoas tem sido
freqüente, como na "escolinha"
[programa de TV em que o governador criticava desafetos,
que foi proibido e multado pela
Justiça]. Essa é a regra, mas a
gente a entende como piada."
Nascimento questionou o fato de o superintendente ter
usado uma advogada que trabalha no porto para pedir uma
ação de caráter privado.
Por meio da assessoria, o
porto informou que Eduardo
Requião estava em viagem. Sua
chefe-de-gabinete, a advogada
Estella Maris Bittencourt, que
assina a ação, afirmou que o
processo quer impedir que o
colunista continue com "comentários mentirosos que provocam danos internacionais à
imagem do porto".
Sobre a indenização, Bittencourt disse que não foi feita
menção a R$ 1 bilhão, mas confirmou ter solicitado reparação
de R$ 10 mil por exemplar. Ela
declarou que sua participação
no processo é legal. "Tenho essa liberalidade profissional. Ingressei em nome do funcionário, e não da pessoa física dele."
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