São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

O maior, o novo rei

O site do "Wall Street Journal" saudou o Brasil como "o novo rei dos emergentes", ontem, com base no índice MCSI, do Morgan Stanley. O país passou a China e virou "o maior emergente do mundo" em capitalização de mercado. Para outro banco, o Citigroup, o salto "meteórico" se deve a Petrobras, descoberta de Tupi, commodities. O país deixou para trás Coréia, Taiwan e agora China, importadores de commodities.
Por outro lado, o Economy.com, da agência de avaliação Moody's, com eco por Forbes e outros, postou que "a economia brasileira vai continuar a avançar em 2008 apesar da recessão nos EUA". Pode até cortar mais os juros, "se a inflação se mantiver sob controle".

"BURN, DOLLAR, BURN"
wsj.com
"Queime, dólar, queime", na legenda

Já o dólar americano, como destacam seguidas reportagens no mesmo "WSJ" e outros, está sendo "reclassificado" para patamar inferior, entre as moedas do mundo. Dia após dia, atinge o menor valor "de todos os tempos" contra moedas como euro, anteontem, e do franco suíço ao dólar neozelandês, ontem. Até no Brasil ele bateu recorde negativo de "nove anos".
Num dos títulos de ontem, "Não é fácil ser verdinha" (greenback). O "WSJ" arrisca que a queda se deve à persistente falta de "contágio", no mundo, da crise dos EUA.

NEM COMEÇOU
A notícia saiu por aqui na BBC Brasil, desde Bruxelas, "União Européia libera importação de carne de 106 fazendas". E é lista "provisória", para exportar "a partir de hoje", dizem diplomatas europeus. Depois eles liberam mais.
No site britânico Farmer's Weekly, a revolta dos fazendeiros irlandeses foi imediata, com adjetivos como "irresponsável", "repugnante" para a decisão. "O veto à carne brasileira acabou antes de começar", lamentou-se o presidente da comissão de agricultura do Parlamento Europeu.

ENERGIA INESPERADA
O site da instituição de política externa Council on Foreign Relations, dos EUA, destacou ontem a "energia inesperada do Brasil" e suas implicações políticas em uma região "faminta por energia" -e onde se move a Venezuela.
Diz o CFR que Tupi e outros achados são "alavancas significativas" para o país na América Latina -ele que "já é potência em biocombustível".

ENERGIA INEFICIENTE
E o site do Banco Mundial destacou o lançamento do livro "Financiando a Eficiência de Energia: Lições de Brasil, China, Índia e além", de um de seus próprios economistas.
Os países, dados como "Big 3" dos emergentes, devem dobrar o consumo em 20 anos e têm "potencial quase intocado" para uma energia mais eficiente, com menor emissão de gases com efeito estufa.

wsj.com
O LADRÃO
O "WSJ" resenhou ontem "O Ladrão no Fim do Mundo", sobre Henry Wickham, que veio ao Brasil em 1886 atrás do Eldorado e levou sementes da árvore da borracha, "ouro branco", de volta à Inglaterra -e daí para os extremos do Império Britânico, Malásia, Cingapura, no golpe célebre


ELA E OS JORNALISTAS
Hillary Clinton não venceu o debate com Barack Obama, avaliaram Adam Nagourney no "NYT", Howard Kurtz no "Washington Post", Ben Smith no Politico.com e Mike Madden na Salon.com. E até Lucas Mendes jogou a toalha na BBC Brasil, "precisava de nocaute e não conseguiu".
No próprio debate, restou a Hillary apelar ao "Saturday Night Live" e culpar, não sem certa razão, os jornalistas.


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@ - Nelson de Sá



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