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Desgaste de Serra ajuda crescimento de Dilma
MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA
A pesquisa Datafolha divulgada hoje revela que o crescimento de Dilma Rousseff reflete não só a transferência da popularidade de Lula como eventuais arranhões na imagem do
governador José Serra.
Uma análise dos resultados
permite supor que a oficialização da candidatura do PT e a
maior exposição do apoio do
presidente a Dilma não são os
únicos fatores que explicam as
mudanças. O desgaste da candidatura de Serra em estratos
importantes do eleitorado também compõe o cenário.
O conhecimento de Dilma
como candidata apoiada por
Lula cresceu de 52% para 59%.
Nos segmentos de menor renda
e menor escolaridade, a taxa
subiu oito pontos percentuais,
mas ainda não é majoritária.
Há, aproximadamente, 14%
de brasileiros que querem votar no candidato de Lula, mas
não o fazem por desconhecê-lo.
Em dezembro, eram 15%.
Já Serra perdeu cinco pontos
percentuais -o prejuízo foi
maior onde a aprovação do governo federal é expressiva.
Mas a perda de três pontos
percentuais do tucano na região Sudeste talvez seja mais
relevante, não só pelo peso político, como também estatístico. O Sudeste responde por
aproximadamente 42% da população adulta do país. A vantagem de Serra para Dilma na região caiu de 22 para 14 pontos.
A taxa de rejeição é outro dado que pode confirmar o desgaste do tucano. Em dezembro,
19% diziam que não votariam
em Serra de jeito nenhum. Agora, esse percentual é de 25%.
Neste momento, Serra e Dilma estão no mesmo patamar de
intenções de voto. A partir do
início da campanha, os eleitores irão compará-los, assim como farão com a imagem de Dilma e os atributos de Lula. Dessa
empatia dependerá a concretização do potencial de transferência de votos de Lula.
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