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São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2003

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CASO SILVEIRINHA

Contas de fiscais ainda não foram bloqueadas

DA SUCURSAL DO RIO

O Banco Central afirmou que não foi notificado até hoje pela Justiça Federal do bloqueio das contas bancárias dos fiscais estaduais e auditores federais suspeitos de terem US$ 33,4 milhões depositados ilegalmente na Suíça.
A decisão é de quase dois meses e meio atrás (de 15 de janeiro), mas, sem a comunicação ao BC, torna-se inócua, pois o banco é quem informa o sistema bancário sobre decisões judiciais. Sem ela, os fiscais podem movimentar livremente suas contas. Foi o que fez o fiscal Carlos Eduardo Pereira Ramos, que sacou R$ 468 mil de um fundo de investimento do BankBoston, dois dias após ter os bens bloqueados pela Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal do Rio, um ofício com o pedido de bloqueio foi enviado ao BC em 16 de janeiro. O banco informou que o documento só pede informações sobre a movimentação bancária, sem determinar bloqueio. A assessoria do BankBoston informou que não recebeu notificação do BC sobre o caso.
Diante do não-cumprimento da decisão judicial e das informações contraditórias, o procurador Gino Liccione, do Ministério Público Federal no Rio, pediu à Justiça Federal que intime o BC e o BankBoston a informarem os nomes e as funções dos funcionários que "teriam o dever" de implementar a ordem. Ramos seria dono de US$ 18 milhões na Suíça. Entre 8 e 17 de janeiro, sacou R$ 1,3 milhão.


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