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ELEIÇÕES 2006 / DATAFOLHA
Taxa de reprovação do Congresso cai 5 pontos desde abril
Absolvição dos mensaleiros e máfia dos sanguessugas não
pioram imagem do Legislativo, ainda reprovado por 42%
A aprovação ao Legislativo
segue a do governo Lula;
entre aqueles que elogiam
a gestão, 21% consideram
Congresso ótimo ou bom
DA REDAÇÃO
A última pesquisa do Datafolha revela que a maioria (42%)
dos eleitores ainda considera o
desempenho do Congresso Nacional ruim ou péssimo, embora a taxa de reprovação tenha
caído cinco pontos percentuais
desde o levantamento de abril.
A imagem do Legislativo não
se deteriorou, apesar da absolvição de mais envolvidos no escândalo do mensalão e da deflagração, em 4 de maio, da Operação Sanguessuga, que já resultou na prisão de dois ex-deputados federais e na acusação de
que diversos parlamentares teriam recebido propina. A taxa
dos que avaliam o Parlamento
como ótimo ou bom não chegou a subir: oscilou de 13% para
12%. O que aumentou, de 34%
para 37%, foi a soma dos que
consideram regular a atuação
dos deputados e senadores.
Os eleitores do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
são os mais satisfeitos com o
Legislativo: 16% de aprovação,
contra 34% de reprovação. A
insatisfação aumenta entre os
simpatizantes do pré-candidato tucano Geraldo Alckmin
(11% de aprovação e 47% de desaprovação) e alcança seu ponto máximo entre os admiradores de Heloisa Helena, do PSOL
(8% de aprovação, 57% de desaprovação), e entre aqueles que
pretendem anular o voto ou votar em branco (5% de aprovação e 56% de desaprovação).
A aprovação ao Legislativo
cresce à medida que aumenta a
aprovação ao presidente Lula:
entre os que avaliam o governo
como ótimo ou bom, 21% aprovam o Congresso, e apenas 30%
o reprovam. Em contrapartida,
entre os insatisfeitos com Lula,
64% criticam o Congresso, contra apenas 7% que o elogiam.
Compreensivelmente, os
adeptos do PSDB são muito
mais críticos (53% de reprovação) que os do PT (38% de reprovação), mas a simpatia por
outros partidos de oposição
não significa automaticamente
rejeição ao Legislativo: a aprovação aos parlamentares chega
a ser maior entre os eleitores do
PFL (17%), por exemplo, do
que entre os do PT (14%).
Estratificação
A reprovação ao Congresso é
mais intensa na região Sudeste
(47%). Em São Paulo, ela alcança 52%, caindo para 48% no Rio
e 37% em Minas. No Sul, a reprovação é de 46%, diminuindo
para 40% nas regiões Norte e
Centro-Oeste e atingindo só
34% no Nordeste (contra 39%
que o classificam de regular).
Os moradores das regiões
metropolitanas estão mais insatisfeitos com o Legislativo
(47% de reprovação) do que os
do interior (39%). Os homens
são mais críticos (46%) que as
mulheres (39%). A reprovação
ao Congresso é menos intensa
entre os mais jovens (39%) e os
idosos (40%), e mais acentuada
nos estratos entre 25 e 59 anos.
A insatisfação com o desempenho dos parlamentares cresce regularmente à medida que
aumenta a escolaridade (de
37% entre os que têm no máximo o ensino fundamental para
61% entre aqueles com nível
superior) e a renda familiar
mensal do eleitor (de 34% entre aqueles que vivem com até
dois salários mínimos para
64% entre os que vivem com
mais de dez salários mínimos).
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