São Paulo, segunda-feira, 28 de maio de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Um especialista

No "Jornal Nacional" de sábado, terceira manchete, "O senador Renan Calheiros apresenta declaração de renda e rebate acusações de favorecimento". Depois, ele "se disse tranqüilo" e "mostrou suas declarações para provar que obteve rendimentos de atividade agropecuária" para bancar as despesas pessoais pagas "por um lobista, assessor da construtora Mendes Jr.".
Por fim, embora não tenha declarado os valores, "a omissão não significa irregularidade, porque a lei não exige declaração de doações, segundo um especialista em IR ouvido pelo "Jornal Nacional'" e não nomeado.
Na manchete do Globo Online, ontem, "Renan vai se defender no Senado" hoje. Mas nem precisa mais.

A QUARTA VEZ
Segue em agências como AP, AFP e pouco além o eco externo da Operação Navalha, concentrado agora em Renan Calheiros. Mas com menções à "série de escândalos" e à "quarta vez" em que desabam ministros do governo Lula.

A PRIMEIRA VEZ
Na Argentina, noticiam o francês "Le Monde" e outros, um "escândalo de corrupção" envolve o governo de Néstor Kirchner "pela primeira vez". Até o momento, porém, com pouco impacto, "por causa da popularidade de Kirchner".



HUGO CHÁVEZ, CENSOR
Mais da Globo, "Milhares de venezuelanos saem às ruas e protestam contra o fechamento do canal mais popular do país" (logo acima.). A União Européia e o Senado dos EUA criticaram, assim como o presidente do Peru. Nada de Lula, desta vez.
De sua parte, Hugo Chávez enviou à Europa "um de seus diplomatas mais capazes", como ironizou o "El País", traduzido pelo UOL, ao dar sua entrevista com o mesmo, com desculpas como a de que "ela já foi fechada" antes por outros e explora "pedofilia".

FORA HOLLYWOOD
Na manchete do site do "Le Monde", a Palma de Ouro para um romeno -e a observação de que Cannes "ignora totalmente os costumeiros" Tarantino e irmãos Cohen.
Pouco antes, o enviado do "Los Angeles Times" deu a longa reportagem ""Made in USA" está perdendo atração", dizendo que o "apetite" por produções americanas caiu no "mercado" do festival. E também o público em países como Japão, Brazil, Coréia do Sul, França e México. Daí a Universal ter assinado, por exemplo, Fernando Meirelles.

OUTRA GLOBALIZAÇÃO
Avança a campanha para tirar dos EUA Banco Mundial, FMI etc. Artigo no "Monde" defendeu "renovar o sistema financeiro mundial". E África do Sul e Austrália, segundo a Reuters, se uniram ao Brasil para pedir um Banco Mundial sem submissão à Casa Branca.

EMPREGO DA CHINA
A agência estatal chinesa Xinhua espalha: "Comércio com China cria mais emprego do que corta no Brasil". Diz uma pesquisa universitária que foram criados 559 mil, em 2005. A maior parte, citou o tal estudo, para "nível de educação básico ou menor".

Sebastian Moffett - wsj.com
Narumi, brasileiro no Japão

PARA O JAPÃO
Na capa do "Wall Street Journal" de sexta, a notícia de que o Japão se abre aos "trabalhadores externos", para fábricas e fazendas.
A começar dos brasileiros, "a primeira comunidade de língua estrangeira desde a Segunda Guerra". A notícia é que, envelhecendo, o país "pode diminuir restrições" ao tempo de moradia. E um brasileiro ouvido pensa em ficar.

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@ - Nelson de Sá


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