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Pataxós barram veículos de mineradora em MG
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Índios da etnia pataxó impedem a passagem de caminhões
da mineradora MMX pela MG-232, em Carmésia (214 km de
Belo Horizonte), desde anteontem. Duas carretas e uma ambulância, que presta serviços à
mineradora do empresário Eike Batista, estão retidas.
Os índios protestam contra o
aumento do tráfego na rodovia,
que passa dentro da reserva Fazenda Guarani. Para o cacique
Ronildo Pataxó, as crianças das
aldeias correm risco de serem
atropeladas. A MMX inicia a
implantação de projeto no local
que prevê uma mina de extração de minério de ferro, um minerioduto e um porto.
Os índios permitem a passagem de ambulâncias e ônibus
escolares na rodovia. Segundo
o cacique, as aldeias querem
que a empresa doe tratores e
outras máquinas para compensar o aumento de tráfego.
A MMX declarou que, em
abril, um dos caciques disse à
empresa que passaria a cobrar
pedágio dos caminhões, o que
foi confirmado pelos índios.
Os índios desistiram de cobrar o pedágio e, no último dia
29, apresentaram projeto de
mecanização agrícola, que foi
considerado incompatível com
a política de atuação da empresa nas comunidades. Representantes da Funai devem negociar hoje a desobstrução.
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