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DATAFOLHA
Avaliações do presidente e do governador ficam estáveis na cidade de SP
Para maioria, apoio de Lula ou Alckmin é "indiferente"
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
A uma semana do início oficial
da campanha para as eleições municipais, o apoio do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do
governador Geraldo Alckmin
(PSDB) a um candidato a prefeito
é indiferente para a maioria dos
eleitores paulistanos.
É o que mostra a última pesquisa Datafolha realizada entre quinta e sexta passadas, período no
qual foram entrevistadas 1.083
pessoas na cidade de São Paulo. A
margem de erro máxima da sondagem é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Aumentou o número de pessoas que disseram ser indiferentes
ao apoio de Alckmin. Na pesquisa
anterior, realizada no dia 19 de
maio, 54% afirmaram ser indiferentes. Na última sondagem, esse
percentual cresceu para 59%, taxa
acima da margem de erro.
No caso do apoio do presidente
Lula a um candidato a prefeito,
houve uma oscilação entre aqueles que disseram ser indiferentes:
passou de 61% para 64%.
Embora os números mostrem
que, para a maioria dos eleitores,
é indiferente o apoio do governador, os estrategistas do candidato
tucano à prefeitura paulistana, José Serra, têm procurado trazer
Alckmin para a campanha do
PSDB, apostando nos índices de
popularidade do governador.
Já Lula deverá ter um participação indireta na campanha da prefeita petista Marta Suplicy, candidata à reeleição. Com apenas 25%
dos eleitores classificando a gestão Lula de ótima/boa, o PT pretende priorizar as obras da prefeita como mote de sua campanha.
O presidente, por exemplo, não
esteve no lançamento oficial da
campanha de Marta anteontem.
Há uma queda constante no
percentual daqueles que dizem
poder ser decisivo o apoio de Lula
a um candidato. De 19% em outubro de 2003, passou para 12% em
maio, chegando agora a 10%. Essa
taxa é de 16% entre os que aprovam o desempenho do petista.
Oscilou o percentual de eleitores que declararam que o apoio de
Lula os levaria a não votar em um
candidato a prefeito: passou de
23% em maio para 24%. O maior
percentual registrado foi em março, quando 26% disseram não votar em quem tiver o apoio de Lula.
Diminuiu o número de eleitores
que disseram poder votar num
candidato apoiado por Alckmin.
Em maio, esse percentual era de
27%. Chegou agora a 23%, o menor índice já registrado desde outubro, quando a pergunta começou a ser feita pelo Datafolha.
Entre os que aprovam a gestão
do tucano, 32% declararam poder
votar em um candidato que recebesse o apoio de Alckmin. Já 14%
disseram que não votariam num
nome apoiado pelo governador.
Avaliação
No período em que foram divulgados números positivos da economia brasileira, manteve-se estável a avaliação de Lula na cidade
de São Paulo, segundo o Datafolha. Repetiu-se o percentual de
maio, quando 25% dos eleitores
avaliaram seu governo como ótimo/ bom.
No final de maio, o IBGE divulgou que, no primeiro trimestre,
houve um crescimento do PIB de
1,6% comparado ao último trimestre de 2003 e de 2,7% em relação ao primeiro trimestre do ano
passado. Na semana passada, foi
aprovado pelo Congresso o salário mínimo de R$ 260, cujo aumento real de 1,2% já havia sido
anunciado pelo governo em abril.
O número de eleitores que avaliam como ótima/boa a administração de Lula continua o menor
desde o começo do governo. Em
março de 2003, 38% declaravam
ser ótima/boa a atual gestão.
Houve oscilações de 45% para
44% entre os que classificaram de
regular e de 29% para 30% entre
aqueles que disseram ser ruim/
péssima a gestão do petista.
A nota média dada ao governo
Lula foi 5,1, o que representa uma
queda constante na pontuação.
Era 6,4 no começo de 2003 e passou para 5,3 em maio deste ano.
O presidente recebe notas
maiores entre os homens (5,1) e
os eleitores de até 25 anos (5,4). É
mais mal avaliado entre os que
têm nível superior (4,6).
A avaliação ótimo/bom do governo Alckmin oscilou de 53%
para 51%. É o percentual mais
baixo desde fevereiro de 2002,
quando apenas 35% classificaram
o governo desta forma. Os que
acham regular a administração
passaram de 34% para 36%. Continua em 10% o percentual dos
que dizem ser péssima a gestão.
Passou de 6,6 para 6,5 a nota
média dada ao governador, que é
mais bem avaliado entre os homens (6,7).
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