São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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DATAFOLHA

Avaliações do presidente e do governador ficam estáveis na cidade de SP

Para maioria, apoio de Lula ou Alckmin é "indiferente"

JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL

A uma semana do início oficial da campanha para as eleições municipais, o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a um candidato a prefeito é indiferente para a maioria dos eleitores paulistanos.
É o que mostra a última pesquisa Datafolha realizada entre quinta e sexta passadas, período no qual foram entrevistadas 1.083 pessoas na cidade de São Paulo. A margem de erro máxima da sondagem é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Aumentou o número de pessoas que disseram ser indiferentes ao apoio de Alckmin. Na pesquisa anterior, realizada no dia 19 de maio, 54% afirmaram ser indiferentes. Na última sondagem, esse percentual cresceu para 59%, taxa acima da margem de erro.
No caso do apoio do presidente Lula a um candidato a prefeito, houve uma oscilação entre aqueles que disseram ser indiferentes: passou de 61% para 64%.
Embora os números mostrem que, para a maioria dos eleitores, é indiferente o apoio do governador, os estrategistas do candidato tucano à prefeitura paulistana, José Serra, têm procurado trazer Alckmin para a campanha do PSDB, apostando nos índices de popularidade do governador.
Já Lula deverá ter um participação indireta na campanha da prefeita petista Marta Suplicy, candidata à reeleição. Com apenas 25% dos eleitores classificando a gestão Lula de ótima/boa, o PT pretende priorizar as obras da prefeita como mote de sua campanha. O presidente, por exemplo, não esteve no lançamento oficial da campanha de Marta anteontem.
Há uma queda constante no percentual daqueles que dizem poder ser decisivo o apoio de Lula a um candidato. De 19% em outubro de 2003, passou para 12% em maio, chegando agora a 10%. Essa taxa é de 16% entre os que aprovam o desempenho do petista.
Oscilou o percentual de eleitores que declararam que o apoio de Lula os levaria a não votar em um candidato a prefeito: passou de 23% em maio para 24%. O maior percentual registrado foi em março, quando 26% disseram não votar em quem tiver o apoio de Lula.
Diminuiu o número de eleitores que disseram poder votar num candidato apoiado por Alckmin. Em maio, esse percentual era de 27%. Chegou agora a 23%, o menor índice já registrado desde outubro, quando a pergunta começou a ser feita pelo Datafolha.
Entre os que aprovam a gestão do tucano, 32% declararam poder votar em um candidato que recebesse o apoio de Alckmin. Já 14% disseram que não votariam num nome apoiado pelo governador.

Avaliação
No período em que foram divulgados números positivos da economia brasileira, manteve-se estável a avaliação de Lula na cidade de São Paulo, segundo o Datafolha. Repetiu-se o percentual de maio, quando 25% dos eleitores avaliaram seu governo como ótimo/ bom.
No final de maio, o IBGE divulgou que, no primeiro trimestre, houve um crescimento do PIB de 1,6% comparado ao último trimestre de 2003 e de 2,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Na semana passada, foi aprovado pelo Congresso o salário mínimo de R$ 260, cujo aumento real de 1,2% já havia sido anunciado pelo governo em abril.
O número de eleitores que avaliam como ótima/boa a administração de Lula continua o menor desde o começo do governo. Em março de 2003, 38% declaravam ser ótima/boa a atual gestão.
Houve oscilações de 45% para 44% entre os que classificaram de regular e de 29% para 30% entre aqueles que disseram ser ruim/ péssima a gestão do petista.
A nota média dada ao governo Lula foi 5,1, o que representa uma queda constante na pontuação. Era 6,4 no começo de 2003 e passou para 5,3 em maio deste ano.
O presidente recebe notas maiores entre os homens (5,1) e os eleitores de até 25 anos (5,4). É mais mal avaliado entre os que têm nível superior (4,6).
A avaliação ótimo/bom do governo Alckmin oscilou de 53% para 51%. É o percentual mais baixo desde fevereiro de 2002, quando apenas 35% classificaram o governo desta forma. Os que acham regular a administração passaram de 34% para 36%. Continua em 10% o percentual dos que dizem ser péssima a gestão.
Passou de 6,6 para 6,5 a nota média dada ao governador, que é mais bem avaliado entre os homens (6,7).


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