São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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ELEIÇÕES 2004

Em convenção do PT em Campinas, ministro diz que tucanos têm de prestar contas da herança que deixaram

Dirceu afirma não temer temas nacionais

MAURÍCIO SIMIONATO
DA FOLHA CAMPINAS

O ministro José Dirceu (Casa Civil) declarou ontem em Campinas (95 km de São Paulo) que o PT "não terá medo de debater" temas nacionais durante as campanha eleitoral deste ano. Ele atacou o PSDB durante discurso para militantes na convenção que homologou a candidatura de Luciano Zica à prefeitura da cidade.
"Vamos debater os problemas nacionais nesta eleição. Não temos medo de debater nenhum problema com os tucanos. Até porque eles têm que prestar contas para Campinas, para São Paulo e para o Brasil da herança que eles deixaram ao país", discursou Dirceu aos militantes petistas. Segundo Dirceu, os "tucanos querem federalizar" as eleições, trazendo para a campanha os problemas enfrentados pela administração de Luiz Inácio Lula da Silva. Dirceu também atribuiu aos tucanos os problemas gerados no governo com o caso Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil afastado do cargo após denúncias de cobrança de propina.
O ministro também participou da convenção do PT em Campo Grande (MS).

PFL 2006
Com vistas à eleição presidencial de 2006, o PFL encomendou a um grupo de economistas e técnicos não-ligados ao partido a elaboração de uma proposta de política macroeconômica que estimule o desenvolvimento e o crescimento econômico.
"Estamos contratando um grupo de especialistas para estudar um novo programa macroeconômico, porque as políticas aplicadas até aqui têm sido uma constante repetição. Estão patinando, porque o país não cresce", afirmou o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, ontem no Rio de Janeiro.
O senador Marco Maciel (PFL-PE), que foi vice do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos dois mandatos, coordenará a comissão pefelista, que deve apresentar em novembro uma primeira proposta ao partido.
A partir daí, o PFL pretende realizar seminários internos e outros abertos à sociedade para a apresentação de uma proposta de desenvolvimento, que será o eixo do programa de governo pefelista em 2006.
"A única solução do governo tem sido aumentar tributo, penalizando a sociedade. Queremos voltar os olhos para a redução das despesas da máquina pública", disse Bornhausen, que participou no Rio da convenção que homologou o prefeito Cesar Maia como candidato à reeleição.


Colaborou PLÍNIO FRAGA, da Sucursal do Rio


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