São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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Outro lado

Suspeitos negam participação em desvio de verbas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Miguel Martini (PHS-MG) disse que, depois da Operação João de Barro, mandou cancelar todas as indicações de emendas dele para 6 das 119 cidades investigadas pela PF.
Ele afirmou ter enviado aos ministérios das Cidades e do Turismo, na última terça, pedido de cancelamento de qualquer repasse aos municípios sugeridos pelo lobista João Carlos de Carvalho.
"Esse cidadão conhecia o meu chefe de gabinete. Disse que conhecia prefeitos, que podia iniciar relacionamento e abrir espaço político", disse, confirmando a conversa entre o lobista e o funcionário dele. Martini admitiu que, interessado em ampliar sua base eleitoral, destinou emendas para cinco municípios do Vale do Rio Doce indicados pelo lobista.
Afirmou ter apresentado também uma emenda para Governador Valadares (MG), a pedido do prefeito, que será cancelada. Martini nega ter relação com os presos.
O deputado José Santana de Vasconcellos (PR-MG) também nega ter ligação com os alvos da operação. Disse que nunca pediu liberação de verbas no Ministério das Cidades. "Se tivessem algo contra mim teriam autorizado busca no meu gabinete e nos meus escritórios". Ele confirmou ter indicado emenda de R$ 1 milhão para a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), mas assegurou que não era função do diretor da companhia preso pela PF liberá-la.
A Folha não conseguiu localizar ontem o deputado Jaime Martins (PR-MG).


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