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OPERAÇÃO CEROL
Procurador que apura denúncia sofre ameaça
DA SUCURSAL DO RIO
Um dos procuradores que
atua na investigação que gerou
a Operação Cerol recebeu anteontem, horas depois de os 17
suspeitos serem soltos, ameaça
por telefone no Ministério Público Federal. Na ligação, um
homem que telefonava de um
celular disse que iria "invadir" a
procuradoria por causa da Operação Cerol.
A operação, iniciada há um
ano e dois meses, foi deflagrada
na última sexta-feira e culminou na prisão de 17 pessoas
(entre elas oito policiais federais, dos quais seis delegados).
Na terça, o Tribunal Regional
Federal concedeu habeas corpus em favor de oito dos presos
e estendeu o benefício aos outros 9.
Junto à libertação, o desembargador Abel Gomes decidiu
que os funcionários públicos
suspeitos (oito da PF, sendo
seis delegados, e um do INSS)
não poderão sair do Rio sem
autorização da Justiça e ficarão
afastados de suas repartições
até o final da investigação.
As investigações partiram de
denúncias de que na Superintendência da PF no Rio agia
uma quadrilha, integrada por
policiais federais, advogados e
empresários, que favoreciam
empresários que respondiam a
crimes na Deleprev (Delegacia
de Repressão a Crimes Previdenciários). O Ministério Público Federal se prepara para
oferecer denúncia contra os
suspeitos. Os procuradores
avaliam o material apreendido.
A PF ainda não começou a
correição programada para
reavaliar cerca de 400 processos que podem ter sido manipulados pelos policiais em favor de empresários.
(TF)
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