São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2006

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OPERAÇÃO CEROL

Procurador que apura denúncia sofre ameaça

DA SUCURSAL DO RIO

Um dos procuradores que atua na investigação que gerou a Operação Cerol recebeu anteontem, horas depois de os 17 suspeitos serem soltos, ameaça por telefone no Ministério Público Federal. Na ligação, um homem que telefonava de um celular disse que iria "invadir" a procuradoria por causa da Operação Cerol.
A operação, iniciada há um ano e dois meses, foi deflagrada na última sexta-feira e culminou na prisão de 17 pessoas (entre elas oito policiais federais, dos quais seis delegados).
Na terça, o Tribunal Regional Federal concedeu habeas corpus em favor de oito dos presos e estendeu o benefício aos outros 9.
Junto à libertação, o desembargador Abel Gomes decidiu que os funcionários públicos suspeitos (oito da PF, sendo seis delegados, e um do INSS) não poderão sair do Rio sem autorização da Justiça e ficarão afastados de suas repartições até o final da investigação.
As investigações partiram de denúncias de que na Superintendência da PF no Rio agia uma quadrilha, integrada por policiais federais, advogados e empresários, que favoreciam empresários que respondiam a crimes na Deleprev (Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários). O Ministério Público Federal se prepara para oferecer denúncia contra os suspeitos. Os procuradores avaliam o material apreendido.
A PF ainda não começou a correição programada para reavaliar cerca de 400 processos que podem ter sido manipulados pelos policiais em favor de empresários. (TF)


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