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Governo corta 2,4 mil salários de grevistas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal fechou a folha de pagamento
do Incra com o corte de salário de 2.361 servidores
grevistas. O desconto será
de R$ 4,9 milhões.
A paralisação, a quarta
sob o governo Lula, já dura
67 dias. No mês passado,
621 servidores, dos 6.200
na ativa, tiveram o ponto
cortado pelo governo.
Ontem, o desconto foi
autorizado pelo STJ. Com
isso, na próxima semana o
Incra vai tentar derrubar
liminares em seis Estados,
onde a Justiça suspendeu
o corte para grevistas.
Das 30 superintendências regionais, servidores
de BA, PR, SC, RS, AM e PI
não são atingidos pelo desconto, devido às liminares.
Por outro lado, segundo
o Incra, o corte atingiu todos os servidores de Mato
Grosso, Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio. Cada superintendente deve passar
a lista dos grevistas à direção nacional.
O comando de greve pede o aumento dos salários,
a criação de um plano de
carreira e o reaparelhamento da autarquia. Os
grevistas têm até segunda
para responder a um termo de compromisso elaborado pelo governo.
No documento, em avaliação desde ontem nos
Estados, o governo exige o
retorno ao trabalho para
iniciar qualquer tipo de
negociação.
Com a resposta dos comandos estaduais de greve, a Cnasi (associação nacional dos servidores do
Incra) fará assembléia na
segunda e levará o resultado ao comando do órgão e
dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Planejamento. "Há uma aparente divisão entre os que
querem assinar o documento e voltar ao trabalho
e aqueles que preferem
não assinar e manter a greve", disse José Vaz Parente, da direção da Cnasi.
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