DA REPORTAGEM LOCAL

Investigado sob a suspeita de recebimento de dinheiro de empreiteira contratada pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), o deputado Mauro Bragato está afastado da liderança do PSDB na Assembléia Legislativa de São Paulo. Na quarta-feira passada, em meio ao recesso parlamentar, ele enviou um ofício ao presidente da Alesp, Vaz de Lima (PSDB), em que anuncia a decisão de se licenciar da função.
Embora tenha conversado com o líder do governo, Barros Munhoz (PSDB), sobre a licença, Bragato afirma que foi uma decisão pessoal, surpreendendo o tucanato.
"Tenho de me defender. Tenho de cuidar das minhas coisas e estava atrapalhando o trabalho da liderança", afirmou Bragato que, no ofício, diz tratar-se de "uma questão ética que exige transparência de procedimentos na apuração de fatos relacionados a qualquer parlamentar desta Casa".
Substituta de Bragato na liderança, a deputada Maria Lúcia Amary faz questão de frisar que o deputado não sofreu pressão para se afastar da função. "Ele estava se sentindo desconfortável na liderança. Mas foi uma decisão dele. Não foi pressionado nem pelo governo, nem pela bancada", disse ela.


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