São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agência pretende sacar mais com cartão corporativo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de ter a prestação de contas colocada sob suspeita pelo Tribunal de Contas da União e pelo governo federal, a Abin criou novas regras para gastar e justificar as próprias despesas.
Pendente apenas de aprovação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a norma administrativa 01/ 2008 cria formulários para prestar contas e estabelece novos valores de saques e prazos para aplicar os recursos dos cartões corporativos. Mas o sigilo do conteúdo dos relatórios continua.
Antes restritos a R$ 5.000, a Abin pretende ampliar para R$ 40 mil o limite dos saques dos cartões. Esse montante pode ser ainda maior desde que justificado. Os prazos para gastar o dinheiro também foram redefinidos pela agência. Antes da autorização da retirada do dinheiro, os agentes terão de informar se vão aplicá-los em 30, 60 ou 90 dias.
Por meio de portaria, a Abin quer ainda criar formulários próprios, timbrados, para os agentes detalharem os gastos e colarem as notas fiscais. São ao menos seis modelos, nos quais o agente vai informar os números do relatório e da operação. O conteúdo, porém, só será revelado por determinação judicial, explica Wilson Trezza, secretário de Planejamento e Orçamento da Abin.
Outro pedido recorrente de quem fiscaliza as contas da agência é o nome dos informantes que recebem dinheiro em troca de informação. A Abin conta com fontes humanas regulares, pagas mensalmente, e colaboradores eventuais. Por ano, os informantes da Abin ganham cerca de R$ 1 milhão. Os nomes dessas pessoas continuarão mantidos sob sigilo.
O documento assinado pelo diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, com as novas regras foi enviado para aprovação do GSI no início de julho. Ainda não obteve resposta.


Texto Anterior: Abin se recusa a detalhar seus gastos
Próximo Texto: Dantas contratou advogado para ação de deputado no TCU
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.