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Lula vai se reunir com 300 intelectuais
PLÍNIO FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, pretende reunir cerca de 300 intelectuais e artistas na quinta-feira no
Rio, naquele que planeja ser o
maior evento cultural de sua campanha até aqui.
Os participantes que confirmaram presença são de diversas
áreas: entre os intelectuais estão
Celso Furtado, Evandro Lins e Silva, José Luís Fiori e Leonardo
Boff; da música, Chico Buarque,
Luiz Melodia, Herbert Vianna,
Marcelo Yuka, Otto e Nelson Sargento; do teatro, do cinema e da
televisão, José Celso Martinez
Corrêa, Augusto Boal, Nelson Pereira dos Santos, Andréa Beltrão,
Cláudia Abreu, Renata Sorrah,
Alessandra Negrini; das artes
plásticas, Siron Franco e Humberto Spindola.
Em um almoço em churrascaria
do Aterro do Flamengo (zona
sul), Lula primeiro ouvirá relatos
sobre a situação atual na cultura e
na produção científica e intelectual. Depois o candidato petista
encerrará o encontro com um discurso em que procurará alinhavar
o papel que os dois setores devem
ter num eventual governo petista.
"Será um pronunciamento político, dirigido a um conjunto de estudiosos do país, com Lula assumindo compromissos nesses setores para seu governo", afirma
Hamilton Pereira, ex-secretário
de Cultura do Distrito Federal e
um dos coordenadores do encontro de Lula na quinta-feira.
O petista não especificará suas
propostas sobre financiamento
cultural e leis de incentivo, temas
que só serão abordados na divulgação do programa de governo
petista para a área de cultura.
Durante o encontro, batizado
de "A Imaginação a Serviço do
Brasil", será lançado um manifesto que está sob a coordenação do
crítico literário Antonio Candido,
do físico Luiz Pinguelli Rosa e do
especialista em medicina tropical
Marcus Barros.
O programa de governo do PT
para a área de cultura só deve ficar
pronto em meados de setembro.
O documento está em fase de discussão em seminários regionais.
É coordenado por Hamilton Pereira, com a participação do ator
Sergio Mamberti e dos secretários
de Cultura de São Paulo, Marco
Aurélio Garcia, do Rio, Antonio
Grassi, e de Belém, Márcio Meira,
integrantes das administrações
estaduais petistas.
A linha a ser seguida, esboçada
no texto geral do programa de governo petista, é a busca de novos
mecanismos de financiamento da
cultura e de suas políticas, para
que não fique exclusivamente
submetida ao mercado. Prega a
necessidade de uma "inclusão
cultural". O PT defende a criação
de fundos culturais com recursos
públicos e a descentralização do
Ministério da Cultura.
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