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STF viu indícios de crime, dizem
especialistas
DA REDAÇÃO
O fato do Supremo acatar
denúncias contra os acusados pela Procuradoria Geral
da República no caso do
mensalão não signifca que o
tribunal considere que a
compra de apoio de deputados tenha acontecido. Os ministros viram "indícios" da
existência do mensalão, dizem especialistas.
O ex-ministro do STF Célio Borja explica que o Supremo considerou que o procurador-geral "expôs fundamentos". "Não está dizendo
que tem um julgamento definitivo. Está dizendo que encontrou elementos que o autoriza a processar essas pessoas em uma ação penal."
Fábio Konder Comparato
diz que, nesse momento,
"você tem indícios suficientes de autoria". "Quando se
fala de autoria se fala sobre
algo que tem toda aparência
de crime", complementa.
O juiz aposentado Luiz
Flávio Gomes lembra que
não são necessárias "provas
inequívocas" para aceitar a
denúncia, bastam "indícios
de crime". "Para condenar
precisa de provas inequívocas. O nível é diferente. Eu
diria que há provas indiciárias do mensalão."
Para o advogado criminal
Eduardo Muylaert, no momento em que o juiz recebe a
denúncia, ele entende que há
"fortes indícios" de que o fato
ocorreu, "há uma aparência
fundamentada de que ocorreu". "No fim, os juízes podem concluir que houve o
crime e quem são os autores
ou dizer que não foi provado
definitivamente o crime."
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