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São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2003

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Auditores vêem indícios de uma fraude contábil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em documento oficial, os auditores da Receita dizem ter encontrado "indício de fraude contábil e fiscal, mediante conluio entre os sócios".
O documento da Receita é chamado de "Relatório de Diligência Fiscal". Foi produzido em 8 de setembro de 2003 e remetido ao Ministério Público e à Justiça Federal. Lendo-o descobre-se o que a Receita depreendeu dos papéis.
1) o "afastamento" de EJ dos negócios "tratou-se de uma simulação";
2) a "distribuição desproporcional" de lucros de R$ 903,7 mil visou "regularizar, mediante simulação, a variação patrimonial a descoberto que teria pela reforma do apartamento de sua propriedade";
3) "há indício de fraude contábil e fiscal, mediante conluio entre os sócios" do Meta;
4) a criação da firma Alleanza visou "esvaziar as receitas do Grupo Meta", sob diligência fiscal, "transferindo receitas para empresa na qual EJ não aparecia como sócio;
5) EJ tem participação efetiva na firma VML. Ao aventar a hipótese de formalizar tal participação mediante contrato de gaveta, tenta evitar o "risco" de submeter o negócio ao "conhecimento dos órgãos de fiscalização".
Em entrevista à Folha, EJ rebateu, uma a uma, todas as suspeitas. A reportagem submeteu os documentos apreendidos à análise de dois dois auditores do Fisco que não estão envolvidos nas apurações.
Ambos disseram que, a despeito da natureza pouco ortodoxa dos negócios de EJ, a imposição de infrações fiscais ao ex-secretário de FHC depende do surgimento de fatos novos.


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