São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / CONTAS PÚBLICAS

TSE diz que eleição custará pelo menos R$ 550 milhões

Valor pode chegar a R$ 600 mi se disputa presidencial tiver segundo turno; custos cresceram 25% em relação a 2002

Tribunal afirma que 90% dos votos no país estejam apurados e possam ser divulgados até a meia-noite do próprio dia da eleição


SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Athayde Fontoura, disse ontem que as eleições irão custar R$ 600 milhões se a disputa presidencial se estender ao segundo turno, em 29 de outubro, ou R$ 550 milhões caso ela se encerre neste domingo.
Fontoura informou que cerca de 3 milhões de pessoas irão trabalhar no domingo, entre servidores da Justiça Eleitoral, mesários das seções eleitorais, militares convocados a reforçar a segurança em locais de conflito e funcionários de empresas contratadas pelos tribunais, como Correios.
A expectativa do TSE é que 90% dos votos estejam apurados, totalizados e divulgados até a meia-noite. A apuração é mais lenta em Estados da região Norte, como Amazonas, Pará, Amapá e Roraima, onde os disquetes com o resultado de algumas seções precisam ser levados de barco.
Dos R$ 600 milhões de despesa prevista, R$ 180 milhões são com gastos com pessoal da Justiça Eleitoral e R$ 60 milhões com compra de equipamentos para a apuração.
As eleições gerais de 2002 custaram R$ 480 milhões. O diretor-geral do TSE apontou duas razões para o aumento de 25% dos gastos neste ano: muitas seções eleitorais onde havia mais de 500 eleitores foram subdivididas em duas para evitar filas e o eleitorado aumentou de 115,2 milhões para 125,9 milhões de pessoas.
Noventa por cento das urnas eletrônicas já foram levadas a locais estratégicos de onde serão transportadas, de sábado para domingo, para as 380 mil seções eleitorais do país. Haverá uma reserva de 50 mil máquinas para troca dos equipamentos que não funcionarem.
O TSE estima que o eleitor irá demorar cerca de 40 segundos para votar nos cinco cargos em disputa. A ordem de votação será deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente.
O tribunal recomenda que as pessoas levem um papel com o número de cada candidato anotado para evitar atrasos.
Até anteontem à noite, o TSE havia autorizado o envio de tropas federais para reforçar a segurança em 90 municípios de sete Estados: Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte,Tocantins, Amapá e Amazonas.


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