São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2007

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entrevista

Queixas contra fiscais são graves, afirma senadora

DA REPORTAGEM LOCAL

A senadora Kátia Abreu (DEM - TO), relatora da comissão sobre a Usina Pagrisa e vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), diz que há denúncias graves de irregularidades na fiscalização de trabalho escravo.

 

FOLHA - Por que investigar os fiscais do Ministério do Trabalho?
KÁTIA ABREU -
Recebo reclamações contra os fiscais desde 1995, mas nunca recebi uma queixa tão grave. De forçar a assinar documento, corrupção mesmo. Várias entidades, inclusive de trabalhadores, disseram que não há escravidão na usina.

FOLHA - Como garantir que não há escravidão na usina?
KÁTIA -
Não fomos para fazer análise técnica, estamos investigando a fiscalização. Ninguém está acima do bem ou do mal. Nem os senadores nem os fiscais.

FOLHA - As críticas incomodam?
KÁTIA -
Não sou escravocrata. Quando meu filho me pergunta se a condição de trabalho de um empregado é boa, pergunto se a minha neta poderia viver no lugar. O que não quero para mim não quero para os outros. Nunca vi trabalho escravo no Brasil. Tem de diferenciar o que é irregularidade trabalhista e trabalho degradante, coisas erradas, da escravidão.


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