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ELEIÇÕES 2008 / RIO DE JANEIRO
Com poucos resultados, uso do Exército custa R$ 5,7 mi ao TSE
Para Forças e Justiça Eleitoral, medida teve êxito; fiscalização vai até o dia 4
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
A Operação Guanabara, que
mobiliza 10 mil militares ao
custo de R$ 5,7 milhões para o
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), completa 17 dias, com 11
toneladas de propaganda eleitoral irregular apreendidas nos
"currais eleitorais", poucos
candidatos presentes e só dois
homens presos em flagrante,
na sexta, por uso de maconha.
Decepcionante a partir da
perspectiva de segurança pública, a ação é considerada um
grande êxito pelo Exército e pela Justiça Eleitoral, porque demonstra "uma reação do Estado à ameaça à democracia", como disse o porta-voz da Força,
coronel André Luiz Novaes.
Para o chefe de fiscalização
de propaganda eleitoral no Rio,
Luiz Fernando Santa Brígida, o
resultado é "espetacular", porque deu liberdade aos agentes
para fiscalizar as 27 comunidades com "trânsito livre e a velocidade três vezes maior".
Os dois homens presos na
sexta no conjunto Amarelinho,
em Irajá, são suspeitos de atuar
como "olheiros" do tráfico.
Além de posse e consumo de
maconha, tinham fogos de artifício e um pó branco.
A operação segue até a véspera da eleição. No dia 5, cerca de
4.000 homens serão usados nas
mesmas comunidades, mas o
Exército não coibirá crime eleitoral -apenas vai garantir a segurança nas áreas.
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