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Divergências locais dividem PSDB e DEM
DA ENVIADA A NATAL
Ao lado do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), os governadores de
São Paulo, José Serra, e de
Minas, Aécio Neves, assistiram, anteontem, a uma tensa
discussão entre o ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima e o senador Cícero
Lucena (PB).
Na Paraíba, Cunha Lima
defende o apoio à candidatura do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB).
Cícero Lucena pretende concorrer ao governo. Num almoço na tarde de sábado,
Serra tentou debelar a crise.
Na ríspida conversa, Cunha Lima insistiu na ideia de
que não há espaço para a
candidatura de Cícero no Estado. De acordo com ele, haveria o risco de o PSDB da
Paraíba sair da eleição menor do que é hoje.
Cunha Lima, que ameaça
deixar o partido, prometeu
ficar desde que asseguradas
condições para que concorra
ao Senado. Cícero disse que
cabe ao partido na Paraíba
decidir seu destino.
Esse era também um dos
nós na pauta de uma conversa entre o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e presidente
do PSDB, senador Sérgio
Guerra (PE).
Num café da manhã, Maia
se queixou da concentração
de poder em São Paulo e reclamou das negociações em
Estados como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
Sobre o Rio, reclamou do
PSDB insistir no lançamento
de candidatura própria, em
vez de apoiar o verde Fernando Gabeira.
O próprio Serra pediu que
o PSDB fluminense suspendesse a operação. Na conversa, Rodrigo defendeu ainda
que o PSDB apoie Osmar
Dias (PDT) no Paraná e Coutinho na Paraíba.
Sobre o Espírito Santo,
alegou que o tucanato não
pode exigir que o DEM rompa com o governador Paulo
Hartung (PMDB), sem investir no fortalecimento dos
democratas no Estado. Uma
das propostas seria a de que
Rita Camata, hoje no PMDB,
se filiasse ao DEM em vez de
ir para o PSDB, hipótese que
ela cogita.
A própria deputada resiste, no entanto, à ideia.
Maia reclamou ainda da
maneira unilateral como é
conduzida a costura de palanques pelo país.
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