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Censo do Senado não acha 503 servidores e suspende salários
Funcionários da Casa não responderam a questionário de
recadastramento criado para identificar possíveis fantasmas
Eles terão cinco dias para
regularizar seus cadastros
ou passarão a responder a
processo administrativo e
estarão sujeitos a demissão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado decidiu bloquear
os salários de 503 servidores da
Casa que não responderam a
um censo que busca identificar
se há funcionários fantasmas.
O prazo terminou à meia-noite de anteontem, mas esses
servidores não responderam a
todo o questionário ou nem sequer acessaram o sistema.
Para o primeiro-secretário
do Senado, Heráclito Fortes
(DEM-PI), esses funcionário
podem até "não ser fantasmas,
mas estão fantasmas".
Inicialmente ele iria cortar
os salários de apenas 88 servidores que não acessaram o sistema, mas no início da noite
mudou de ideia e ampliou a medida para aqueles que não concluíram suas respostas.
Os funcionários terão cinco
dias para regularizarem seus
cadastros. Se não fizerem isso
passarão a responder a um processo administrativo e estarão
sujeitos a demissão.
Ele justificou que essa é uma
forma de forçar os servidores a
responderem ao censo.
O diretor do Senado, Haroldo
Tajra, disse que é possível bloquear pagamentos em caráter
cautelar. Na semana passada, a
diretora de Recursos Humanos
do Senado, Doris Marise, havia
afirmado que a lei nº 8.112 impede esse tipo de medida.
Técnicos da Diretoria-Geral
e da Diretoria de Recursos Humanos se reuniram ontem para
avaliar a legalidade de suspender os salários.
O primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse
que assume a responsabilidade
e que a Casa tem autonomia para cortar o pagamento daqueles
servidores que não aparecem
para trabalhar.
O bloqueio passa a valer a
partir da publicação do boletim
administrativo com a decisão, o
que deve ocorrer hoje.
Segundo o primeiro-secretário, foram identificados casos
atípicos incluídos entre os fantasmas, como o de um servidor
que tomou posse na semana
passada e já consta na lista.
O alvo do censo são servidores comissionados e efetivos
que somam 6.200 pessoas. Terceirizados não foram ouvidos.
Colaborou MÁRCIO FALCÃO,
da Folha Online, em Brasília
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