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CRIME ORGANIZADO
Comissão não tem indícios sobre envolvimento de Hildebrando e Farias
CPI não prova denúncia de Meres
da Sucursal de Brasília
A CPI do Narcotráfico ainda não
tem indícios que
sustentem a suspeita levantada pelo
motorista Jorge
Meres, de que o deputado Augusto Farias (PPB-AL) e o deputado
cassado Hildebrando Pascoal
(AC), expulso do PFL, comandariam uma quadrilha de roubo de
cargas e caminhões, contrabando
de armas e narcotráfico.
Após dois meses de investigações, a CPI já obteve prisões e reforçou as suspeitas sobre a atuação da quadrilha em Campinas e
no Maranhão, mas conta ainda
apenas com o depoimento da sua
principal testemunha, o motorista, para envolver Hildebrando e
Farias. Ambos negam os crimes.
"Por enquanto, só temos o depoimento de Meres", disse Robson Tuma (PFL-SP), sub-relator
da CPI para lavagem de dinheiro.
"Não é fácil confirmar a ligação
entre eles, mas a maioria das coisas que Meres disse está sendo
comprovada", afirmou Moroni
Torgan (PFL-CE), relator da CPI.
O caso de Augusto Farias assemelha-se ao do legista Badan Palhares, que depôs na quinta-feira
por quase 12 horas -suspeitas
fundamentadas em reportagens,
que os deputados tentam, sem sucesso, confirmar na CPI.
Segundo Torgan, Meres apontou o Hotel Deville, em Guarulhos
(SP), perto do aeroporto de Cumbica, como um dos locais onde o
suposto comando da quadrilha
teria se reunido em 96 ou 97 para
tramar a morte de um policial que
investigava roubo de cargas. Teriam participado ainda o deputado estadual cassado José Gerardo
de Abreu (MA), expulso do PPB, e
o empresário William Sozza.
À Folha, Meres disse que a PF já
havia localizado o hotel, uma funcionária e um porteiro de "cabelos grisalhos", que recebia "gratificações" e conhecia os acusados.
O presidente da CPI, Magno Malta (PTB-ES), não confirmou a informação.
(ABNOR GONDIM)
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