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Prefeitura é suspeita de desviar R$ 40 mi
da Agência Folha, em Caxias (MA)
O Tribunal de Contas da União
e o Ministério da Saúde investigam o desvio de recursos de verbas da saúde na Prefeitura de Caxias (MA) com o uso de notas fiscais frias entre 93 e 98.
Uma auditoria contratada pela
atual administração municipal
estima que R$ 40 milhões foram
desviados em seis anos, de um total de R$ 66 milhões repassados
pelo Ministério da Saúde.
Mais de 800 notas fiscais relacionadas em prestações de contas
na área de saúde em Caxias terceiro maior município do Maranhão, com 133 mil habitantes foram colocadas sob suspeita pela
auditoria nas contas da prefeitura.
Mais de 200 dessas notas foram
entregues à Polícia Federal. As
conclusões da auditoria foram comunicadas ao Ministério da Saúde e ao TCU.
Há notas que mostram, por
exemplo, a compra de alimentos
em outros Estados, e a data de
emissão das notas é a mesma do
recebimento das mercadorias na
prefeitura.
Na maioria dos casos, o nome
da pessoa que rubricou o recebimento não é identificado na nota,
que também não traz nenhuma
informação sobre o transportador da mercadoria, o que é obrigatório.
O deputado federal Paulo Marinho (PFL-MA), prefeito de Caxias
de 93 a 96, nega as irregularidades
e afirma que é vítima de "perseguição" dos adversários.
"O prefeito de Caxias (Hélio
Queiroz, PSDB) é meu inimigo.
Essas notas são tão falsas quanto
todas as falsidades que eles inventam contra mim. Tive 76% dos
votos da cidade para deputado federal nas últimas eleições. Agora
eles querem me queimar em nível
nacional", declarou.
Marinho fez seu sucessor na
prefeitura. Ezíquio Barros, apoiado por ele, foi eleito, assumiu e
perdeu o cargo no início deste ano
depois de ser condenado pelo
TRE por abuso de poder econômico na campanha.
Em dezembro de 98, o Ministério da Saúde interveio na municipalização do SUS (Sistema Único
de Saúde) por causa de irregularidades e atrasos nos salários. Os
repasses de verbas do SUS passaram a ser feitos ao governo do
Maranhão.
(IM)
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