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CRIME ORGANIZADO
Vítima denunciou "máfia"
Presos 2 suspeitos
de matar prefeita
ROBERTO SAMORA
da Agência Folha, em Campo Grande
A polícia de Mato
Grosso do Sul prendeu duas pessoas
suspeitas de participação na morte da
prefeita de Mundo
Novo (MS), Dorcelina de Oliveira
Folador (PT).
Os dois presos, um homem e
uma mulher, estão em Campo
Grande (MS). A delegada que
preside o inquérito sobre o crime,
Sidnéia Tobias, afirmou que não
poderia dar detalhes sobre as detenções para não prejudicar as investigações. Ela acredita que o assassinato teve motivação política.
Segundo Sidnéia, a divulgação
de nomes pode impedir que a polícia chegue aos mandantes.
Nota divulgada ontem pela Secretaria de Segurança Pública não
esclarece qual o número de presos, quem são essas pessoas e
quando elas foram detidas.
Essa é a primeira vez, desde 30
de outubro, dia do assassinato,
que o governo de Mato Grosso do
Sul declara oficialmente que
prendeu alguém suspeito de envolvimento com o caso.
As prisões ocorreram em Mundo Novo (470 km de Campo
Grande) e cidades da região, que
faz fronteira com Paraguai e Paraná. Um delas teria ocorrido no
Paraguai.
A polícia de Salto del Guairá
(Paraguai), a cerca de 30 km de
Mundo Novo, informou que
prendeu há três dias o brasileiro
Sérgio Mendes da Silva, que estaria ilegalmente no país. Ele foi entregue anteontem para os policiais brasileiros.
A delegada não confirmou que
Silva seja um dos detidos por envolvimento na morte da prefeita.
Denúncias
Dorcelina foi assassinada às 23h
de um sábado, com 6 tiros (1 na
clavícula esquerda e 5 no lado esquerdo das costas), na varanda de
sua casa. As balas partiram de
uma pistola calibre 380.
O matador subiu em uma escada, apoiada no muro que divide a
casa da petista e um terreno abandonado, e deu os tiros, sem ser reconhecido.
A prefeita ficou conhecida por
denunciar o que chamava de
"máfia da fronteira", que teria envolvimento com o tráfico de entorpecentes, roubo de carros e
contrabando de armas.
A Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul informou que mais pessoas podem
ser detidas. Vários mandados de
prisões temporárias expedidos
pela Justiça ainda não puderam
ser efetuados.
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