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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
Cada um por si
Governo e oposição correm na tentativa de eliminar
o excesso de candidatos e assim aumentar suas respectivas chances de fazer o novo ministro do Tribunal
de Contas da União na sessão marcada para amanhã.
Um dos mais assediados é Osmar Serraglio (PMDB-PR), que tem diálogo com os dois lados. Pefelistas e
governistas tentam convencê-lo a desistir da disputa,
argumentando que o deputado foi reeleito. O PFL,
que acredita nas chances de Aroldo Cedraz (BA), busca apoio em seu aliado tradicional. Os pefelistas querem que os tucanos retirem a candidatura de Gonzaga
Motta (CE), derrotado nas urnas. Mas, procurado por
lideranças do PSDB, Motta recusou-se a cooperar.
Elite branca. A idéia no
Senado é deixar que a Câmara
decida o novo salário dos parlamentares para depois apenas referendar o valor. Explicação ouvida na Casa para a
relativa despreocupação com
o tema: "Aqui são poucos os
que vivem de salário".
Corpo a corpo. Renan Calheiros (PMDB-AL) aproveitou a reunião com o presidente do PDT, Carlos Lupi, para
sondar se o partido estaria
disposto a votar "em alguém
do PMDB" na disputa pela
presidência do Senado. Não
que ele esteja em campanha.
Em casa. Empenhado em
obter votos entre os dissidentes do PMDB, José Agripino
(PFL-RN) deveria ficar mais
atento ao parceiro PSDB. É
pequena, entre os tucanos, a
disposição para apoiar o PFL
até o fim na disputa com Renan. Em almoço recente, a
maioria da bancada se declarou contrária a fazer do Senado um campo de batalha.
Fui. Na véspera de fechar as
contas da deficitária campanha de Alckmin, Miguel Reale
Jr., presidente do comitê financeiro, estava "incomunicável" na Bahia. Deve voltar
para assinar o documento.
Tiete. Maria do Rosário (RS)
escapou da reunião do Diretório Nacional do PT, realizada
em um hotel paulistano, para
procurar os jogadores do Internacional, hospedados no
local. A deputada conseguiu
uma foto ao lado do atacante
Fernandão para levar de presente a seus familiares, fanáticos pelo time gaúcho.
Engorda. A Executiva do
PSB se reúne amanhã para
preparar o encontro com Lula, que deve ocorrer quando o
presidente voltar da África.
No bolso, dirigentes levarão
cálculo segundo o qual a sigla
deve pular de 27 deputados
eleitos para cerca de 40 até junho de 2007, dado estratégico
na negociação de cargos.
Estrangeiro. Eduardo Paes
consultou Aécio e Serra antes
de aceitar a Secretaria de Esporte do Rio. Mas sua adesão
a Sérgio Cabral não foi bem
recebida pelos tucanos locais,
para os quais o candidato derrotado ao governo se lançou
em vôo solo, de olho na disputa pela prefeitura em 2008.
E a gente? Peemedebistas
do Rio reclamam do caráter
demasiado "ecumênico" do
secretariado de Cabral, com a
balança pendendo para o PT
em detrimento do partido.
Celeiro. O PT do Paraná ofereceu apenas deputados eleitos para o novo secretariado
de Roberto Requião. Para a
Agricultura, sonho de consumo do partido, o indicado é o
federal Assis Miguel Couto.
Bisturi. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado deve
votar amanhã, em caráter terminativo, projeto parado há
várias legislaturas que regulamenta as profissões da área
médica. Relatado por Lúcia
Vânia (PSDB-GO), era considerado espinhoso por envolver interesses de 14 categorias, ou 2 milhões de pessoas.
Visita à Folha. Paulo Roberto de Godoy Pereira, presidente da Abdib (Associação
Brasileira da Infra-Estrutura
e Indústrias de Base), visitou
ontem a Folha. Estava acompanhado de Ralph Lima Terra, vice-presidente-executivo.
Tiroteio
"Conhecemos bem essa narrativa. De acordo
com ela, não existiu mensalão nem dossiê.
Ou seja, é uma narrativa de ficção".
Do senador ÁLVARO DIAS (PSDB-PR) sobre o ex-assessor do Planalto
Bernardo Kucinski, que criticou a atual gestão da Radiobrás por não ter
produzido "uma narrativa própria do governo Lula".
Contraponto
Sem trégua
A audiência pública no Senado para discutir o caos no
sistema de tráfego aéreo, na semana passada, foi marcada
pelo embate entre Waldir Pires (Defesa) e o grupo de
ACM, adversários históricos na Bahia.
Depois de um bate-boca entre o ministro e Cesar Borges (PFL-BA), Heráclito Fortes (PFL-PI), que presidia a
sessão, tentou apaziguar o clima, argumentando que o
apagão aéreo não era resultado de um único governo.
-O brigadeiro J. Carlos, por exemplo, está na Infraero
há sete meses, menos do que uma gestação.
Incansável, Borges aproveitou a deixa:
-Em sete meses já dá para nascer um prematuro!
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