São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2006

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Gedimar e Lacerda falam hoje à CPI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI dos Sanguessugas confirmou para hoje os depoimentos de Hamilton Lacerda e Gedimar Passos.
Ambos são investigados pela Polícia Federal como participantes da operação para a compra de um dossiê contra políticos do PSDB durante as eleições.
"Duvido que eles vão fazer grandes revelações, mas os depoimentos serão importantes para a gente comparar com os demais dados apurados", adiantou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI.
De acordo com a PF, Lacerda, ex-coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo do Estado de São Paulo, foi quem entregou o R$ 1,7 milhão para Gedimar Passos, membro da equipe de inteligência da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.
O dinheiro seria utilizado para a compra de informações da família Vedoin -chefe do esquema dos sanguessugas -sobre a suposta participação do ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB), adversário de Mercadante na disputa eleitoral, na máfia das ambulâncias.
Passos foi preso junto com Valdebran Padilha -indicado pelos Vedoin para receber o dinheiro- no dia 15 de setembro, no hotel Ibis, em São Paulo. Com eles, a PF encontrou o R$ 1,7 milhão.
Lacerda foi apontado pela PF como o homem que entregou o dinheiro a Passos porque imagens do circuito interno de TV do hotel mostraram quando ele chegou ao local com uma mala preta grande e, depois, quando saiu sem ela.
Em depoimento à PF, Lacerda contou que carregava apenas boletos para arrecadação de recursos para a campanha do PT.
Na quinta-feira, Mercadante negou à PF que Lacerda tivesse função de arrecadador de recursos.
Procurado pela Folha ontem, o advogado de Lacerda, Alberto Toron, afirmou que seu cliente manterá o conteúdo do seu depoimento feito à polícia.

Representação
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) afirmou ontem, em discurso na tribuna do Senado, que vai entrar com uma representação contra os senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC) no Conselho de Ética.
Para Antero, eles faltaram com a ética parlamentar ao se reunirem com Expedito Veloso e Oswaldo Bargas, dois envolvidos no dossiegate, dez dias antes da explosão do escândalo do dossiê.


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