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Gedimar e Lacerda falam hoje à CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI dos Sanguessugas
confirmou para hoje os depoimentos de Hamilton Lacerda e Gedimar Passos.
Ambos são investigados
pela Polícia Federal como
participantes da operação
para a compra de um dossiê
contra políticos do PSDB durante as eleições.
"Duvido que eles vão fazer
grandes revelações, mas os
depoimentos serão importantes para a gente comparar
com os demais dados apurados", adiantou o deputado
Fernando Gabeira (PV-RJ),
sub-relator da CPI.
De acordo com a PF, Lacerda, ex-coordenador da
campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo do Estado de São Paulo, foi quem entregou o R$ 1,7
milhão para Gedimar Passos,
membro da equipe de inteligência da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva à reeleição.
O dinheiro seria utilizado
para a compra de informações da família Vedoin -chefe do esquema dos sanguessugas -sobre a suposta participação do ex-ministro da
Saúde José Serra (PSDB),
adversário de Mercadante na
disputa eleitoral, na máfia
das ambulâncias.
Passos foi preso junto com
Valdebran Padilha -indicado pelos Vedoin para receber
o dinheiro- no dia 15 de setembro, no hotel Ibis, em São
Paulo. Com eles, a PF encontrou o R$ 1,7 milhão.
Lacerda foi apontado pela
PF como o homem que entregou o dinheiro a Passos
porque imagens do circuito
interno de TV do hotel mostraram quando ele chegou ao
local com uma mala preta
grande e, depois, quando
saiu sem ela.
Em depoimento à PF, Lacerda contou que carregava
apenas boletos para arrecadação de recursos para a
campanha do PT.
Na quinta-feira, Mercadante negou à PF que Lacerda tivesse função de arrecadador de recursos.
Procurado pela Folha ontem, o advogado de Lacerda,
Alberto Toron, afirmou que
seu cliente manterá o conteúdo do seu depoimento
feito à polícia.
Representação
O senador Antero Paes de
Barros (PSDB-MT) afirmou
ontem, em discurso na tribuna do Senado, que vai entrar
com uma representação contra os senadores petistas
Aloizio Mercadante (SP) e
Ideli Salvatti (SC) no Conselho de Ética.
Para Antero, eles faltaram
com a ética parlamentar ao
se reunirem com Expedito
Veloso e Oswaldo Bargas,
dois envolvidos no dossiegate, dez dias antes da explosão
do escândalo do dossiê.
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