São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2007

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"Renan dizia que o dinheiro era dele", afirma jornalista

Pivô do afastamento do senador do cargo lança livro

ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pivô do escândalo que tirou Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, a jornalista Mônica Veloso lança hoje o livro "O Poder que Seduz". Em 198 páginas, ela alfineta políticos, conta que é comum parlamentares receberem propina de lobistas e diz que "Renan não conseguiu provar que pagava a pensão [a ela] com recursos próprios".
Mônica se tornou conhecida depois de revelada denúncia de que Renan teria tido despesas pessoais pagas pela empreiteira Mendes Júnior. Entre elas, uma pensão que dava a Mônica, com quem teve uma filha fora do casamento. Renan foi acusado de quebra de decoro, mas absolvido nesse processo.
Sobre a suspeita de que o dinheiro da pensão viria da empreiteira, Mônica nada esclarece. Afirma que depois de ter engravidado recebeu pensão de Renan "das mãos de Claudio Gontijo", lobista da construtora, entre março de 2004 e novembro de 2005, "sempre em dinheiro vivo", e que "Renan dizia que o dinheiro era dele".
A jornalista afirma que políticos e ministros do Judiciário recebem propina de lobistas em troca de atender ao interesse de empresas e outras demandas, mas não diz nomes.
Entre os políticos citados, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), morto em julho, foi descrito como um "colecionador" de veículos de comunicação. "Ele deixou um império que fatalmente elegerá muitos de seus herdeiros."


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