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"Renan dizia que o dinheiro era dele", afirma jornalista
Pivô do afastamento do senador do cargo lança livro
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pivô do escândalo que tirou
Renan Calheiros (PMDB-AL)
da presidência do Senado, a jornalista Mônica Veloso lança
hoje o livro "O Poder que Seduz". Em 198 páginas, ela alfineta políticos, conta que é comum parlamentares receberem propina de lobistas e diz
que "Renan não conseguiu provar que pagava a pensão [a ela]
com recursos próprios".
Mônica se tornou conhecida
depois de revelada denúncia de
que Renan teria tido despesas
pessoais pagas pela empreiteira
Mendes Júnior. Entre elas,
uma pensão que dava a Mônica,
com quem teve uma filha fora
do casamento. Renan foi acusado de quebra de decoro, mas
absolvido nesse processo.
Sobre a suspeita de que o dinheiro da pensão viria da empreiteira, Mônica nada esclarece. Afirma que depois de ter engravidado recebeu pensão de
Renan "das mãos de Claudio
Gontijo", lobista da construtora, entre março de 2004 e novembro de 2005, "sempre em
dinheiro vivo", e que "Renan
dizia que o dinheiro era dele".
A jornalista afirma que políticos e ministros do Judiciário
recebem propina de lobistas
em troca de atender ao interesse de empresas e outras demandas, mas não diz nomes.
Entre os políticos citados,
Antonio Carlos Magalhães
(DEM-BA), morto em julho, foi
descrito como um "colecionador" de veículos de comunicação. "Ele deixou um império
que fatalmente elegerá muitos
de seus herdeiros."
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