São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2007

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"Agora não vai ter barganha", diz dom Luiz Cappio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O bispo de Barra (610 km de Salvador), dom Luiz Flávio Cappio, 60, afirmou estar disposto a manter o jejum até a morte, caso seja preciso. Por telefone, Cappio disse à reportagem que "ninguém" concorda com seu protesto, mas afirmou que desta vez não recuará. Leia, a seguir, trechos da entrevista. (FG)

 

FOLHA - Qual o limite do protesto?
LUIZ FLÁVIO CAPPIO -
Até o fim.

FOLHA - Até a morte?
CAPPIO -
Claro, se for preciso. O rio e o povo merecem.

FOLHA - O sr. consultou as instâncias superiores da igreja?
CAPPIO -
Consultei, sim, conversei, mas, na minha opinião, a gente é senhor da própria vida. Deus nos deu a vida para que ela seja doada. Ninguém está de acordo comigo, porque ninguém quer ver o irmão ser sacrificado, mas, se for preciso, eu estou aqui para essa prova.

FOLHA - Mesmo que as instâncias superiores proíbam, o sr. está disposto a manter a greve?
CAPPIO -
Estou, sim. Comuniquei a nunciatura apostólica, que representa o santo padre, comuniquei a CNBB, meu arcebispo, todos. E todos me aconselham a não fazer isso, porque têm muito amor e me querem vivo. Mas respeitam meu gesto.

FOLHA - Há espaço para negociação com o governo?
CAPPIO -
Não. Agora não vai ter barganha. É definitivo.


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