DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A primeira pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) encomendada ao instituto de pesquisas Sensus depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva revela que as expectativas em relação ao novo governo são maiores que as de novembro, depois do segundo turno da eleição.
Em novembro, 71% dos entrevistados haviam dito que Lula faria um governo ótimo ou bom. O percentual aumentou para 78,4%.
Para o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, a pesquisa mostra a esperança depositada em Lula e também a disposição da população em fazer um sacrifício maior. O tempo médio esperado para que o governo Lula mude a vida dos entrevistados é de um ano e dez meses, maior que o prazo tradicional de um ano para esse tipo de pergunta.
Lula obteve índice alto de respostas positivas em relação às primeiras semanas de sua administração. Para 56,6%, a avaliação do período foi boa ou ótima e para apenas 2,3%, ruim ou péssima.
O maior percentual de respostas positivas obtido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso havia sido de 33,3%, em março de 2001. A pesquisa CNT/Sensus foi iniciada em julho de 1998.
Dos entrevistados, 34,7% disseram que a gestão FHC foi boa ou ótima. Para 29,5%, foi ruim ou péssima; e para 33,8%, regular.
Os entrevistados põem a reforma previdenciária em terceiro lugar na ordem de prioridades de reformas. A primeira é a reforma trabalhista, com 44%, seguida pela reforma agrária (11,5%).
A pesquisa mostra ainda que as pessoas estão mais preocupadas com o desemprego do que com a fome. A geração de empregos deveria ser o tema tratado com mais urgência para 49,9%; 26,4% priorizam o combate à fome.
O Sensus entrevistou 2.000 pessoas em 195 municípios entre 19 e 23 de janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais. A CNT é presidida pelo vice-governador Clésio Andrade (PFL-MG), que apoiou a candidatura Lula.


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