São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Como no Brasil
mercopress.com
Fim do dia e a Bovespa disparou nas manchetes dos portais, por conta da Petrobras. Antes e já por alguns dias, agências de Dow Jones a Xinhua e Mercopress noticiam a mais nova descoberta da estatal, agora de gás, em dois blocos no pré-sal.
Mas o que mais ecoa da Petrobras é a confirmação do investimento no pré-sal, desde o anúncio por aqui, com repercussão por agências, "Financial Times" etc. Ontem, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, deu entrevista ao site e canal Bloomberg detalhando planos e, em especial, meios de financiamento.
O plano de investimento, registre-se, foi louvado ontem pelo artigo "Petrobras faz grande aposta", do editor de economia da "BusinessWeek"; pelo editorial "Explore como o Brasil", do Investor's Business Daily; pela análise "Petrobras: uma luz brilhante para as companhias de serviço de petróleo", no site Seeking Alpha; e pela análise "Brasil enfrenta a recessão com investimentos", da organização Americas Society.

ADEUS, JUROS ALTOS?

A Bloomberg postou ontem a longa análise "Brasil dá adeus às altas taxas de juros" (kisses high rates farewell). Diz que foram "mina de ouro para investidores de renda fixa" por anos, com retorno recorde no mundo, e agora "estão a um passo de se tornarem coisa do passado". O corte pelo Banco Central, semana passada, "é mais do que uma simples resposta à recessão global" e "significa que o país enfim começa a se livrar da mais alta taxa mundial". Dá razões econômicas e políticas, a começar da pressão sobre o "politicamente esperto" Henrique Meirelles.

"PARTY MONSTER"
cnbc.com
A CNBC entrevistou "o monstro das festas" Nouriel Roubini, em Davos, onde "ele é como uma estrela de rock". Ele não desapontou: "Nós temos que nacionalizar formalmente os bancos", nada de paliativos mais

"ESQUERDISTAS DO MUNDO"

Como prenunciado, diante da crise capitalista, cresceu a cobertura do Fórum Social Mundial em Belém, que agora rivaliza e até supera, como no espanhol "El País", aquela sempre dada ao Fórum Econômico Mundial em Davos.
Mas a agência britânica Reuters ainda despacha textos com enunciados tipo "Energizados pela crise, esquerdistas do mundo se reúnem". E a agência chinesa Xinhua parece também perdida, como em "Sociólogos [sic] se encontram no Brasil para discutir a ordem político-social mundial".

BRICS VÊM AÍ
A Rússia vivia ontem um dia de distensão militar com os EUA, com gestos de boa vontade de parte a parte, mas prossegue a busca de novas alianças pelos russos. Como destacou a agência Itar-Tass, o chanceler Sergei Lavrov anunciou "uma cúpula de grande escala dos Brics em São Paulo", no meio do ano.

IRÃ TAMBÉM
EUA e Irã, ontem, também trocavam palavras de boa vontade, mas o secretário americano de Defesa, Robert Gates, tratou de declarar em depoimento no Senado -e a BBC destacou- que Teerã tem "atividades francamente subversivas em partes da América do Sul e América Central" e já "preocupa".

RAIZ
amazon.com
Saem aos montes os livros sobre a eleição de Barack Obama, em especial quanto ao papel da mídia. Em "Como Obama Venceu", o editor do site Editor & Publisher avalia que as campanhas "jamais serão as mesmas" -e concentra o foco nas ações de "netroots", com a mobilização democrata de raiz, via internet, até chegar ao impacto dos programas de humor

OU VIÉS
amazon.com
O livro que vem provocando maior controvérsia, porém, não se volta às novas ferramentas ou aos novos personagens midiáticos, descobertos na campanha -e sim à denúncia do "tórrido romance" de Obama com a grande mídia ou "mainstream media", escrito por Bernard Goldberg, hoje comentarista da Fox News. No título, "Um Caso de Amor Babão"

REAÇÃO EXTREMA
Rush Limbaugh, radialista de extrema direita, já saiu a campo contra Obama e a aproximação de republicanos com o democrata. A diferença é que líderes republicanos, desta vez, responderam.

DIA APÓS DIA
E segue o acúmulo de más notícias sobre o "New York Times". O próprio jornal e outros destacavam ontem a queda no faturamento do quarto trimestre: 47,5%, em relação ao ano anterior.


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@ - Nelson de Sá


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