JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

A súbita elevação da pressão bem acima dos níveis normais é a denominada crise hipertensiva, com repercussão potencial para afetar o coração, cérebro, rins ou artérias. Uma vez diagnosticada, as atuais drogas hipotensoras permitem o seu rápido controle e podem evitar seus danos colaterais.
Mas também devem ser lembradas as pseudocrises hipertensivas, situações nas quais surge a elevação anômala da pressão arterial, resultante de um desconforto físico, estresse ou problemas emocionais, ou todos eles juntos. É o que sugere o atual problema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após o adequado controle da elevação transitória da sua pressão, recebeu alta hospitalar e atualmente está repousando em sua residência.
Todos sabem da importância de manter a nossa pressão em níveis normais. Poucos, entretanto, preocupam-se em saber os níveis da sua pressão. Exceto, e às vezes em pânico, quando sentem um súbito e inexplicável mal-estar.
De qualquer forma, a repercussão do episódio com o presidente fará com que as pessoas voltem a se lembrar deste tradicional inimigo silencioso e tomem as medidas necessárias para o seu controle -entre elas praticar exercícios, evitar a obesidade e diminuir o sal às refeições.


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