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Ministros do STF defendem fidelidade
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, disse ontem que
os deputados conheciam
as leis "mais do que ninguém" quando decidiram
mudar de partido depois
de eleitos e afirmou que
eles estão sujeitos à perda
do mandato, independentemente de a troca ter sido
antes da decisão do TSE
sobre fidelidade partidária, tomada anteontem.
Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal),
Marco Aurélio demonstrou confiança de que este
tribunal venha a confirmar o entendimento do
TSE de que o mandato de
deputado pertence ao partido, não ao político.
Ele lembrou que os três
ministros do STF que
também atuam no TSE
-ele, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto- votaram
a favor da fidelidade partidária. Bastariam mais três
votos para que a maioria
dos 11 ministros do STF
acolhesse a tese.
O ministro Celso de Mello sinalizou ontem que
acompanhará essa corrente. "Ninguém no sistema
eleitoral brasileiro pode
ser candidato a qualquer
mandato eletivo, parlamentar ou executivo, sem
que o seja por intermédio
de um partido", afirmou.
Marco Aurélio defendeu
possível cassação dos deputados. "Eles conheciam
mais do que ninguém as
leis, a Constituição. Nós
não criamos o direito, simplesmente declaramos o
direito preexistente. Interpretamos a Constituição e a Lei dos Partidos
Políticos e concluímos que
há uma homenagem ao
partido político, ao seu
fortalecimento."
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