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Alckmin dispara e reforça favoritismo, diz Datafolha
Na 1ª pesquisa do ano, ex-governador aparece com até 53% das intenções de voto
No melhor cenário para o tucano, Mercadante (PT) tem 13%, Russomano (PP), 10%, Feldmann (PV), 3%,
e Ivan Valente (PSOL), 1%
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro levantamento
do Datafolha em 2010 para avaliar as intenções de voto para o
governo de São Paulo, o ex-governador tucano Geraldo Alckmin aparece disparado à frente
de potenciais adversários nos
cenários pesquisados.
No cenário mais favorável ao
ex-governador, Alckmin tem
53% das intenções de voto, o
que poderia lhe garantir uma
vitória no primeiro turno.
A pesquisa alternou os nomes de Aloizio Mercadante e
Eduardo Suplicy como candidatos do PT e incluiu ou não
um candidato pelo PSB.
No cenário em que Alckmin
aparece com 53%, Mercadante
tem 13%, Celso Russomano
(PP), 10%, Fabio Feldmann
(PV), 3%, e Ivan Valente
(PSOL), 1%. Votos em branco
ou nulos somam 10%, e os indecisos, 9%. Nesse cenário não
haveria candidato do PSB.
O quadro eleitoral no Estado
de São Paulo ainda está bastante indefinido. O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva gostaria que Ciro Gomes (PSB) desistisse de concorrer à Presidência da República e saísse
candidato no Estado por uma
coalizão que incluiria o PT
(Mercadante ou Suplicy, portanto, não concorreriam).
Ciro afirma que não desistirá
de concorrer à Presidência, e
uma ala de seu partido em São
Paulo gostaria que o empresário Paulo Skaf, presidente da
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
saísse candidato pelo PSB.
Se Skaf entrar na disputa,
quase nada mudaria para Alckmin ou para os demais líderes
na corrida. As intenções de voto
no tucano oscilariam de 53%
para 52%. Mercadante e Russomano manteriam, respectivamente, 13% e 10%. Skaf possui,
nesse cenário, 2%.
Se Ciro Gomes ficar de fora
da disputa em São Paulo, o senador petista Eduardo Suplicy
pretende concorrer com Mercadante pela vaga do partido.
Segundo o Datafolha, Suplicy
atrairia inclusive mais votos ao
PT do que Mercadante.
Em cenário sem um candidato do PSB na disputa, Alckmin
tem 49%, Suplicy aparece com
19% (ante os 13% de Mercadante) e Celso Russomano, com
10%. Praticamente não haveria
mudança nas intenções de voto
dos três líderes mesmo se Skaf
disputar pelo PSB.
A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 25 e 26 de março
e ouviu 2.001 eleitores no Estado de São Paulo. A margem de
erro do levantamento é de dois
pontos percentuais, para mais
ou para menos.
O Datafolha também procurou constatar como os eleitores
se posicionam de forma espontânea, sem a apresentação de
um cartão com os nomes dos
candidatos. Neste caso, a maioria dos paulistas (73%) não soube dizer em quem vai votar.
Apesar das baixas taxas de
lembrança, os nomes mais citados são os de Geraldo Alckmin
(7%), José Serra (6%), Aloizio
Mercadante (2%) e Marta Suplicy (1%).
Sobre a influência na disputa
estadual do atual governador
paulista, José Serra, 22% disseram que o apoio do tucano a um
dos candidatos certamente levaria o entrevistado a escolhê-lo. Mas 28% também afirmaram que o apoio do governador
faria com que passassem a rejeitar o candidato.
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