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PRIVATIZAÇÃO
Participação de líder do país no setor de alumínio no Consórcio Brasil chegou a ser anunciada pela Bolsa
Alcoa desiste de participar de consórcio
SILVANA QUAGLIO
enviada especial ao Rio
O Consórcio
Brasil, um dos
dois interessados em comprar
a Vale do Rio
Doce no leilão
marcado para
hoje, sofreu, ontem, uma baixa. O grupo capitaneado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) não conseguiu a
adesão da Alcoa, a maior produtora de alumínio do Brasil.
A participação da Alcoa no consórcio da CSN chegou a ser divulgada pela Bolsa de Valores do Rio,
mas não se confirmou. O grupo
desistiu no negócio, apostando na
venda da Aluvale -produtora de
alumínio do complexo Vale.
``A Aluvale é nosso interesse
maior'', disse à Folha Fausto Moreira, presidente do grupo Alcoa
do Brasil.
Moreira disse duvidar que o novo controlador da Vale consiga
manter a produção de alumínio no
grupo.
``É uma atividade muito especializada e não vale a pena ficar junto
com o restante. É coisa para ser feita por um operador do ramo'', disse Moreira.
Moreira justifica sua expectativa
afirmando que a produção de alumínio é um dos poucos setores da
Vale que só dá prejuízo.
A Aluvale é composta por quatro
empresas: Albrás, Alunorte, Valesul e MRN.
Só a Alunorte teria dado prejuízo, no ano passado, de R$ 130 milhões. O alumínio responde por
10,15% das vendas do complexo
Vale.
Mas o forte da estatal é mesmo a
extração e venda de minério de ferro, que responde por 48% das receitas globais.
A Alcoa do Brasil é a segunda
maior empresa da multinacional
Alcoa (Aluminum Company of
America), que tem sede nos EUA.
A empresa brasileira produziu, em
96, cerca de 300 mil toneladas de
alumínio (25% da produção nacional), e faturou R$ 1,2 bilhão, no
mesmo ano.
Mas a saída da Alcoa não desmotivou o consórcio Brasil. A CSN
depositou os R$ 3,2 bilhões exigidos pelo BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social) para que os consórcios
possam participar do leilão. É uma
prova de que o concorrente tem
dinheiro para pagar sua oferta.
Nomes
A CSN só não conseguiu anunciar, até as 18h30 de ontem, os nomes das empresas que comporão o
Consórcio Brasil.
Pelo menos o financiamento parece estar garantido. Além do Bradesco, que já acertou um empréstimo ao consórcio, a CSN tem garantida uma linha de crédito de R$
1,2 bilhão do Nations Bank. Trata-se do quarto maior banco dos
Estados Unidos.
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