São Paulo, sábado, 29 de abril de 2000


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MST pede ação do governo

da Agência Folha

O dirigente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) José Rainha Júnior disse ontem que só os governos de São Paulo e federal podem impedir um conflito com fazendeiros no Pontal do Paranapanema.
Ele disse buscar audiências com o ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) e com o governador Mário Covas (PSDB), para tratar do assunto.
"Queria que o governador Mário Covas se pronunciasse, não esperasse acontecer. Não queria que ele deixasse o governo ser manchado, como foi manchado no Pará", disse, referindo-se ao massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás, em 1996.
Rainha disse que o movimento vai continuar as invasões se os governos não intervierem. "A responsabilidade está com o governador Mário Covas e com o ministro Jungmann."
Para Rainha, o MST não vai se intimidar com ameaças de fazendeiros armados, mas vai respeitar medidas da Justiça, como reintegração de posse de área invadida. "O que não vamos respeitar é a arrogância da UDR."
O MST, segundo Rainha, estuda medidas jurídicas para contestar a reintegração de posse concedida pela Justiça para a fazenda São João, invadida no dia 17 por 500 famílias de sem-terra em Teodoro Sampaio (710 km a oeste de SP).


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