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Presidente do STJ defende
adoção de punição para juízes
da Sucursal de Brasília
O presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), Antônio de
Pádua Ribeiro, defendeu ontem
punição para juízes que faltem ao
decoro ou não trabalhem.
Mas o ministro, que participou
ontem de reunião da comissão especial da Câmara que analisa a reforma do Judiciário, criticou a proposta de criação de um órgão de
controle externo do Judiciário.
Para ele, a punição, que poderia
levar à perda do cargo, seria definida por um conselho nacional da
magistratura, integrado por ministros dos tribunais superiores e
do STF (Supremo Tribunal Federal) e por representantes da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil)
e do Ministério Público Federal.
Na proposta do ministro, o conselho teria 10 ou 11 integrantes,
sem direito à remuneração. "No
Brasil, controle externo é voltar
atrás, e não progredir", disse.
Também participaram da audiência de ontem os presidentes
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Néri da Silveira, do TST (Tribunal Superior do Trabalho),
Wagner Pimenta, e do STM (Superior Tribunal Militar), Carlos de
Almeida Baptista, além do representante dos Tribunais de Justiça,
José Fernandes Filho.
Pimenta criticou a proposta de
extinção do TST, que vem sendo
defendida pelo presidente do Congresso, senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA). Ele disse que
a simplificação do processo judicial não deve levar à extinção do
TST ou fusão com o STJ.
Para Pimenta, a extinção e a fusão do TST não representarão
maior rapidez ou economia na Justiça Trabalhista.
Pimenta e Pádua atribuíram parte dos problemas enfrentados pelo
Poder Judiciário, em especial o
acúmulo de processos e a lentidão
nas decisões, à edição de medidas
provisórias pelo governo. "A legislação é alterada a todo momento
pelo Executivo", disse Pádua.
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