São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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13 Estados resistem à união com PSDB

DA AGÊNCIA FOLHA

A direção do PMDB enfrenta ameaça de "rebelião" contra a tentativa de coligação nacional com o PSDB em 13 Estados que, juntos, concentram 62,9% dos votos válidos na convenção do partido prevista para o próximo dia 15.
Mesmo tendo indicado a deputada federal Rita Camata (ES) para vice na chapa presidencial de José Serra (PSDB-SP), o PMDB depende da aprovação da coligação na convenção.
Os Estados onde há oposição aberta ou ameaça de voto contrário são Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraíba, Sergipe, Goiás, Tocantins, Amapá, Rondônia e Amazonas.
Nos últimos anos, a cúpula, aliada do governo, obteve vitórias seguidas contra a corrente que faz oposição ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas hoje se preocupa com a ameaça de mudança de lado de setores que até então sempre votavam com ela, como Paraíba, Santa Catarina, Amapá, Maranhão, Rondônia e Rio Grande do Sul, que reúnem 24,4% dos votos da convenção.
Maranhão (2,9% dos votos) e Amapá (1,5% dos votos), por exemplo, podem ter posição contrária à coligação devido à influência do senador José Sarney (AP), que passou a integrar o grupo oposicionista desde o episódio que resultou na retirada da pré-candidatura presidencial de sua filha, Roseana Sarney (PFL-MA).
No Rio Grande do Sul (8,7% dos votos), a expectativa é sobre o rumo que irá tomar o senador Pedro Simon, preterido na escolha do vice de Serra. Em Estados onde se esperavam ameaça de oposição à coligação, como no Pará do ex-senador Jader Barbalho e no Rio Grande do Norte do deputado Henrique Eduardo Alves (outro preterido), a tendência é de voto favorável à união com o PSDB.


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