DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em sua primeira conferência nacional e aos gritos anti-petistas e anti-tucanos, o PSOL aprovou ontem o nome do jornalista e economista César Benjamin (RJ) como o vice na chapa encabeçada pela senadora Heloísa Helena (AL) na disputa à Presidência.
O partido também aprovou a exigência apresentada pelo PSTU para compor uma aliança formal na disputa. Por 110 a 44 votos, os delegados do PSOL abriram mão de o partido lançar nomes ao governo de Minas Gerais e ao Senado em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Tais vagas serão preenchidas pelo PSTU.
Essa votação deixou de um lado os fundadores do partido, Heloísa Helena, Babá (RJ) e Luciana Genro (RS), os três a favor da condição imposta pelo PSTU, e de outro os deputados que ingressaram mais tarde na legenda, como os ex-petistas João Alfredo e (CE) e Ivan Valente (SP). A pré-candidata a presidente minimizou a divergência. "O mais importante é a unidade do partido", disse a senadora Heloísa Helena.
Com a decisão de ontem, ficou próxima a formalização da chamada frente de esquerda nacional com PSOL ao lado de PSTU e PCB.
"O resultado da conferência foi um grande avanço para a aliança", disse o presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida.

"Incerteza"
Ontem, o indicado a vice na chapa do PSOL disse que uma das prioridades da campanha será trabalhar com os eleitores a incerteza em torno da governabilidade no caso de vitória de Heloísa Helena.
"Nosso primeiro ato no governo será publicar um decreto para dizer quais cargos vamos preencher, algo em torno de 150. O restante serão formados por funcionários de carreira", disse César Benjamin. (EDUARDO SCOLESE)


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