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Congressistas pedem explicação formal de Minc
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Informado das declarações
do ministro Carlos Minc (Meio
Ambiente), o diretor-geral do
Dnit (Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transporte), Luiz Antônio Pagot, disse
que esse "barulho" ocorre por
"puro corporativismo".
Em resposta à afirmação do
ministro de que "Dnits da vida"
vão ao Congresso derrubar a legislação ambiental, afirmou:
"Esse não é o comportamento
do Dnit. Refutamos isso".
Sobre um eventual desmatamento para a BR-319, Pagot
disse "que o ministro não está
acostumado a olhar no mapa, a
equipe dele não está lhe passando a informação correta,
porque não existe desmatamento nenhum naquela área."
O Ministério da Agricultura
não comentou as declarações
do ministro.
Deputados e senadores da
bancada ruralista, inclusive da
base aliada, defenderam ontem
a convocação de Minc na Comissão de Agricultura da Câmara. Eles exigem explicações
formais do ministro, que anteontem chamou os parlamentares do setor de "vigaristas".
A Frente Parlamentar Ruralista informa em seu site ter
208 deputados (143 da base e
64 da oposição e 1 sem partido)
e 35 senadores (20 da base e 15
da oposição). Já a Frente Ambientalista diz ter 323 deputados (não divide entre base e
oposição) e 12 senadores (9 da
base e 3 da oposição).
Os números podem estar superestimados pois muitos deputados são listados por afinidades com o tema, e não por
atuação efetiva. Alguns chegam
a ser citados nas duas frentes.
A CNA (Confederação Nacional de Agricultura) divulgou
nota informando que ingressará na Comissão de Ética Pública do governo com denúncia
pública contra o ministro. Segundo a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), Minc pode ser enquadrado na lei pois "procedeu de modo incompatível com a dignidade, honra e decoro do cargo".
A ex-ministra do Meio Ambiente, senadora Marina Silva
(PT-AC) e o ministro Mangabeira Unges não foram localizados (Assuntos Estratégicos).
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