DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Cinco funcionários da empresa SMPB, de propriedade de Marcos Valério, deverão ser chamados para depor ao Conselho de Ética da Câmara. São elas as duas funcionárias do Departamento Financeiro -identificadas como Simone Vasconcelos e Geiza- que separariam o dinheiro para ser colocados em mala, os office-boys "Marquinhos" e Orlando, que supostamente retiravam o dinheiro do Banco Rural e o motorista Nei, que os transportava.
O pedido foi feito ontem pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) e deve ser acatado pelo relator do processo, Jairo Carneiro (PFL-BA). "São depoimentos importantes nesse momento para comprovar a veracidade das declarações dadas pela sra. Fernanda Somaggio", declarou Carneiro.
O relator considerou que o depoimento foi "coerente e não se choca" com o relato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre os saques no banco.
Enquanto a oposição, sobretudo o PSDB, buscava reforçar que o depoimento da secretária corroborava as declarações de Roberto Jefferson de que o PT pagava um "mensalão" a deputados, os petistas procuraram desqualificar as afirmações da secretária.
O deputado Paulo Pimenta (RS), ao falar em nome da liderança do PT, questionou a depoente quando o publicitário a processou por extorsão. Ela disse que o processo teve início depois que ele pirateou um e-mail seu ao jornalista da "IstoÉ Dinheiro" no qual ela afirmava que possuía uma agenda, "guardada em lugar secreto". (FZ e CG)


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