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Obra é complexa, dizem peritos
DA REPORTAGEM LOCAL
Liminares e pancadaria suspenderam o processo de audiências
públicas de análise do relatório de
impacto ambiental da transposição do rio São Francisco. Sem a
realização das audiências, o Ibama não pode autorizar a obra.
Em Salvador, Juazeiro (CE) e
Petrolina (PE), as reuniões foram
canceladas por decisões judiciais.
Em Aracaju, os funcionários do
Ibama tiveram que sair escoltados
por agentes da Polícia Federal depois de serem ameaçados de
agressão. Em Belo Horizonte, a
reunião foi interrompida por protestos de ambientalistas.
O relatório foi preparado pelo
consórcio internacional Jaakko
Poyry-Tahal e custou R$ 2,789
milhões. O estudo é favorável à
obra, embora note que ela poderia alterar significativamente o
ambiente da região e reduzir a geração de energia da Chesf (Centrais Elétricas do São Francisco).
Contratados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) a pedido do Ministério da
Integração Nacional, engenheiros
da Funcat e da Engecorps passaram um ano e meio estudando,
separadamente, as diretrizes técnicas de três dos seis trechos da
transposição.
Concluíram que, embora complexa, a engenharia da obra é viável. Se fosse construída, a transposição levaria água por uma sucessão de 591 km de canais, dois
aquedutos de 20 km, 12 túneis
com 22 km e 25 reservatórios. Seriam necessárias bombas de alta
potência para elevar a água e superar alturas de mais de 300 metros em alguns trechos.
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