São Paulo, domingo, 29 de julho de 2001

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Obra é complexa, dizem peritos

DA REPORTAGEM LOCAL

Liminares e pancadaria suspenderam o processo de audiências públicas de análise do relatório de impacto ambiental da transposição do rio São Francisco. Sem a realização das audiências, o Ibama não pode autorizar a obra.
Em Salvador, Juazeiro (CE) e Petrolina (PE), as reuniões foram canceladas por decisões judiciais. Em Aracaju, os funcionários do Ibama tiveram que sair escoltados por agentes da Polícia Federal depois de serem ameaçados de agressão. Em Belo Horizonte, a reunião foi interrompida por protestos de ambientalistas.
O relatório foi preparado pelo consórcio internacional Jaakko Poyry-Tahal e custou R$ 2,789 milhões. O estudo é favorável à obra, embora note que ela poderia alterar significativamente o ambiente da região e reduzir a geração de energia da Chesf (Centrais Elétricas do São Francisco).
Contratados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) a pedido do Ministério da Integração Nacional, engenheiros da Funcat e da Engecorps passaram um ano e meio estudando, separadamente, as diretrizes técnicas de três dos seis trechos da transposição.
Concluíram que, embora complexa, a engenharia da obra é viável. Se fosse construída, a transposição levaria água por uma sucessão de 591 km de canais, dois aquedutos de 20 km, 12 túneis com 22 km e 25 reservatórios. Seriam necessárias bombas de alta potência para elevar a água e superar alturas de mais de 300 metros em alguns trechos.


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