São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2005

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PUNIÇÃO

Ex-prefeito pode recorrer da sentença, que é de 3 meses

Paulo Maluf é condenado à prisão por difamação contra Alckmin

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) foi condenado a três meses de prisão e ao pagamento de multa de R$ 7.500 por crime de difamação contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
A decisão judicial é de primeira instância, ou seja, o ex-prefeito de São Paulo pode e vai recorrer da sentença. Por se tratar de crime eleitoral contra a honra, a possibilidade de recurso suspende a aplicação imediata da pena.
O fato ocorreu durante o primeiro turno da disputa pelo governo do Estado de São Paulo, em agosto de 2002.
À época, Maluf liderava as pesquisas de intenção de voto, seguido por Alckmin -dias antes da eleição, Maluf acabaria atropelado pelo adversário José Genoino (PT), que disputou o segundo turno com o tucano. Alckmin foi reeleito governador paulista.
Numa de suas carreatas por São Paulo, no dia 4 de agosto de 2002, no bairro da Liberdade, Maluf disse que o governador tinha "um ladrão de casaca na família, em quem se inspirou". Continuou ainda o ex-prefeito: "Ele aprendeu muito bem as lições que recebeu do ladrão de casaca. Pergunte a ele quem é. Essa é a parte negra da história da família dele".
Na sentença, o juízo da 5ª Zona Eleitoral de São Paulo afirma ter ficado evidente a intenção de Maluf de ofender o adversário, pois a declaração foi feita de forma espontânea, sem a instigação dos jornalistas que o acompanhavam.
A defesa alega que a frase não foi dita pelo candidato durante a campanha eleitoral, mas que teria partido de pergunta formulada por um jornalista.


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