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Ministro nega benefício a amigo em ação milionária
Telebrás perdeu prazo para recorrer, afirma "IstoÉ"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), negou ontem que o governo desistiu de recorrer em ação movida
pela empresa VT UM, que resultou em perdas de R$ 253,9
milhões à estatal Telebrás, em
processo de liquidação.
Segundo a revista "IstoÉ", o
governo poderia ter recorrido e
não o fez. A revista informa que
o dono da VT UM, Uajdi Menezes Moreira, é amigo do ministro. "A ação transitou em julgado, não havia possibilidade. Para recorrer, tinha que depositar
o valor total [R$ 506 milhões].
A Telebrás não tem esse dinheiro e o governo não pode fazer isso", disse Costa.
O ministro afirmou que a
pendência não era responsabilidade do ministério, mas sim
"exclusiva da Telebrás, empresa de economia mista". Costa
relatou já ter conversado com o
Advogado Geral da União, que
prometeu analisar o caso.
O ministro não negou ser
amigo do dono da empresa,
mas disse que não há relação
com a ação. "Não vou negar minhas amizades, muitos amigos
têm demandas [no ministério].
Como vou negar que conheço
as pessoas? Não escondo isso.
Prezo minhas amizades."
Na nota, o governo informa
que a Telebrás "foi diretamente
beneficiada com a composição
[acordo para pagar a dívida] e,
conseqüentemente, a própria
União". Para Costa, o governo
anterior deveria dar explicações. "Quem tomou essa decisão de cancelar esses contratos
[da VT UM com a Embratel] é
que tem que saber."
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