São Paulo, sábado, 29 de julho de 2006

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Ministro nega benefício a amigo em ação milionária

Telebrás perdeu prazo para recorrer, afirma "IstoÉ"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), negou ontem que o governo desistiu de recorrer em ação movida pela empresa VT UM, que resultou em perdas de R$ 253,9 milhões à estatal Telebrás, em processo de liquidação.
Segundo a revista "IstoÉ", o governo poderia ter recorrido e não o fez. A revista informa que o dono da VT UM, Uajdi Menezes Moreira, é amigo do ministro. "A ação transitou em julgado, não havia possibilidade. Para recorrer, tinha que depositar o valor total [R$ 506 milhões]. A Telebrás não tem esse dinheiro e o governo não pode fazer isso", disse Costa.
O ministro afirmou que a pendência não era responsabilidade do ministério, mas sim "exclusiva da Telebrás, empresa de economia mista". Costa relatou já ter conversado com o Advogado Geral da União, que prometeu analisar o caso.
O ministro não negou ser amigo do dono da empresa, mas disse que não há relação com a ação. "Não vou negar minhas amizades, muitos amigos têm demandas [no ministério]. Como vou negar que conheço as pessoas? Não escondo isso. Prezo minhas amizades."
Na nota, o governo informa que a Telebrás "foi diretamente beneficiada com a composição [acordo para pagar a dívida] e, conseqüentemente, a própria União". Para Costa, o governo anterior deveria dar explicações. "Quem tomou essa decisão de cancelar esses contratos [da VT UM com a Embratel] é que tem que saber."


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